Casas na parte baixa do morro são as que correm mais risco, segundo bombeiros -  (crédito: Redes sociais/Reprodução)

Casas na parte baixa do morro são as que correm mais risco, segundo bombeiros

crédito: Redes sociais/Reprodução

O Corpo de Bombeiros mobiliza equipes na noite desta quarta-feira (21/8) para combater um incêndio de grande proporção em área de vegetação próxima ao mirante do Morro do Cristo, ponto turístico em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira. A localidade em chamas trata-se de unidade de conservação do município.

 


Ao Estado de Minas, o tenente João Victor explicou que a maior parte dos focos de incêndio está concentrada em um paredão — local de difícil acesso, onde as chamas ultrapassam 10 metros de altura.

 

 

“As casas na parte baixa do morro são as que correm mais risco caso o fogo vá naquela direção. A operação, agora, se concentra em proteger essas residências. Além disso, o período noturno, a característica rochosa da região e os ventos aumentam os riscos de um combate direto neste momento”, informou o militar, acrescentando que os bombeiros permanecerão no local durante a madrugada.

 

 

O incêndio começou por volta das 21h de terça-feira (20/8) e chegou a ser controlado, mas a área voltou a pegar fogo na manhã desta quarta-feira. Desde então, os militares já utilizaram mais de 13 mil litros de água para tentar debelar as chamas. Ainda não há informações sobre a extensão da área queimada. 

 

O monumento municipal Morro do Cristo, que compreende a vegetação do entorno, possui área de 105,3770 hectares e foi criado por meio do decreto 15.284, de 2022, passando a integrar o Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).

 

 

Incêndios aumentam em Minas 

De janeiro a agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros atendeu 17.090 chamados para incêndios em matas no estado, quase igualando o total de 2023, que contabilizou 17.135 ocorrências. Só no mês de agosto, já foram registradas 2.968 ocorrências. Julho foi o pior mês no estado. Os militares foram acionados 4.517 vezes, um salto de quase 47% em comparação com julho de 2023, quando 3.074 ocorrências foram registradas. O dado corresponde aos registros em unidades de conservação e nas áreas urbanas.

 

 

Historicamente, agosto, setembro e outubro costumam ser os meses em que as demandas dos militares crescem mais por causa da expansão das queimadas em áreas florestais. O ápice das ocorrências costuma ser em setembro. Neste ano, a previsão é de que a situação se agrave ainda mais, uma vez que estão previstas chuvas abaixo da média em várias regiões do estado, como o Norte, Noroeste e Triângulo, segundo previsão do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).