Corregedoria da Polícia Militar assumiu as investigações no cado do Tenente Coronel Claudio Enderson Sampaio, de 52 anos -  (crédito: PMMG)

Corregedoria da Polícia Militar assumiu as investigações no cado do Tenente Coronel Claudio Enderson Sampaio, de 52 anos

crédito: PMMG

A Corregedoria da Polícia Militar assumiu as investigações sobre o tenente-coronel acusado de agredir uma mulher no último domingo (18/8). Cláudio Enderson Sampaio, de 52 anos, é subcomandante da 19ª Região da Polícia Militar (RPM) de Sete Lagoas. Ele foi detido após agredir a companheira, de 54 anos.

 

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Segundo o Boletim de Ocorrências (BO), número 2024-037088952-001, a mulher teria registrado uma queixa contra o tenente-coronel, alegando que foi vítima de agressões físicas e verbais. O relacionamento entre os dois teria começado há cerca de dois meses. Antes do envolvimento amoroso, os dois eram amigos.

 

A vítima alega também que viveu uma série de ameaças e comportamentos agressivos, por parte do militar.

 

 

No último domingo, a vítima narra que foi até à residência do tenente-coronel de onde partiram em viagem a Belo Horizonte. Depois retornaram a Sete Lagoas.

 

Segundo relato no BO, a mulher ficou do lado de fora, esperando pelo seu companheiro. No entanto, o tenente-coronel se dirigiu a ela de forma ríspida, mandando que estacionasse na garagem do prédio. “Deixa de gracinha”, teria dito ele.

 

A vítima, então, decidiu entrar no apartamento e os dois começaram a discutir. Segundo ela, o motivo seria a demora dela em estacionar o veículo. O militar, segundo o que consta no BO, aplicou-lhe uma gravata, pelas costas. 

 

Com o golpe, os brincos da mulher saltaram de sua orelha e o óculos dela caiu. Em seguida, o tenente-coronel teria mandado que ela se calasse e que esperasse até que ele tomasse banho.

 

Ela atendeu ao pedido e depois, os dois desceram as escadas, indo para o carro. Chegando neste, ela assumiu o volante. Antes de seguirem viagem, seria necessário abastecer o veículo. Ela, no entanto, foi para um posto que não era o preferido do militar o que gerou uma nova discussão.

 

O tenente-coronel teria xingado a companheira. Teria havido, também, segundo o BO, uma tentativa de novo enforcamento. Ela desceu do carro e sugeriu que ele voltasse a seu apartamento. Nesse instante, o tenente-coronel teria ameaçado pegar uma arma, que estava na sua bolsa.

 

Temendo por sua vida, a mulher deixou o carro no posto, com o tenente-coronel e decidiu procurar um quartel da Polícia Militar onde fez a denúncia. Enquanto isso, o oficial abasteceu o carro da vítima e retornou para casa. Ele foi encontrado pelos militares do 13º Batalhão logo após a denúncia.

 

Em sua defesa, o tenente-coronel negou as acusações, alegando que a mulher estava inconformada com o término do relacionamento entre eles e que seu comportamento poderia ser em função de remédios controlados aos quais faz uso.

 

Na revista ao militar, os policiais encontraram uma uma arma de fogo que pertencia ao tenente-coronel e era legalizada. A aram usada em serviço também foi encontrada na residência de Cláudio. 

 

O oficial foi levado à Delegacia Especializada em Violência Doméstica contra a Mulher, onde está sendo investigado. 

 

 

Nota oficial

 

A Polícia Militar de Sete Lagoas divulgou nota oficial sobre o caso:

 

“A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), por meio do Comando da 19ª Região de Polícia Militar (19ª RPM), informa que tomou conhecimento de ocorrência, acontecida em 18 de agosto de 2024, envolvendo um oficial da corporação em horário de folga, que, em tese, teria cometido atos de violência contra sua companheira.

 

A Corregedoria da Instituição acompanha o fato e está adotando todas as medidas legais e disciplinares cabíveis.

 

A Polícia Militar de Minas Gerais reforça seu compromisso com os princípios de respeito aos direitos humanos e à legalidade, não compactuando com qualquer tipo de violência ou comportamento que contrarie os valores e a ética da Instituição.”