Além de carros e motocicletas, a Polícia Civil descobriu ainda o comércio ilícito de armas de fogo por organização que atuava na Grande BH -  (crédito: PCMG / Divulgação)

Além de carros e motocicletas, a Polícia Civil descobriu ainda o comércio ilícito de armas de fogo por organização que atuava na Grande BH

crédito: PCMG / Divulgação

Duas pessoas foram presas na Região Metropolitana de Belo Horizonte durante operação da Polícia Civil nesta quinta-feira (22/8). A dupla é suspeita de integrar uma associação criminosa especializada na compra e venda de artigos ilegais, incluindo armas de fogo. Mandados de busca e apreensão também foram cumpridos na capital e demais cidades da Grande BH. 


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As investigações começaram em abril de 2023, depois que a corporação recebeu uma denúncia de desacordo comercial. Ao longo das apurações foi contatado que a ocorrência se tratava de um esquema de estelionato com várias vítimas. 


Dos presos, um foi detido em Lagoa Santa, tendo sido, ainda, autuado em flagrante por posse irregular de arma de fogo de uso restrito. O segundo foi encontrado em Contagem. Outros dois investigados, que estão com mandado de prisão em aberto, não foram localizados durante a operação e seguem sendo procurados. Durante a operação, os policiais apreenderam diversos aparelhos de telefone celular, duas armas de fogo, munições, documentos de veículos, notebooks, três automóveis e uma motocicleta.


 

De acordo com a PCMG, um dos principais investigados, dono de uma oficina mecânica, comprava veículos de clientes sob a promessa de pagamento de valor pactuado. No entanto, após receber o veículo, repassava a terceiros, por meio de venda ou troca, mas não realizava o pagamento.

 

 

Em junho de 2023, os investigadores realizaram buscas nos endereços do suspeito e apreenderam um celular, que revelou a estrutura de uma associação criminosa dedicada à compra e venda de produtos adquiridos ilicitamente. 


 

Além de carros e motocicletas, a Polícia Civil descobriu ainda o comércio ilícito de armas de fogo. Um dos alvos da operação, um despachante de arma, seria responsável pela manipulação documental, de forma que os interessados que não preenchiam os requisitos legais conseguiam acessar o armamento.


“Ao que tudo indica os envolvidos não são os ‘consumidores finais’ das armas de fogo. Os elementos demonstram que os investigados adquirem os instrumentos bélicos por valores menores, em razão das boas fontes que possuem, e repassam aos criminosos e demais interessados”, detalhou o delegado Gabriel Teixeira da Silva, da 1ª Delegacia de Polícia Civil Barreiro.


 

Ainda segundo Teixeira, os investigados teriam formado uma espécie de “balcão virtual de vendas de produtos ilícitos”, batizada por eles como “catira”. Os envolvidos ainda estariam ligados ao tráfico de drogas do Bairro Cabana do Pai Tomás, na Região Oeste de BH. Os presos foram encaminhados ao sistema prisional, ficando à disposição da Justiça.


 “As armas que entram na posse dos investigados são anunciadas aos demais envolvidos para revenda. Assim, os carros das vítimas primárias, por exemplo, eram utilizados como moeda de troca na obtenção de armas”, explicou o delegado.