O Corpo de Bombeiros em Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, informou nesta quinta-feira (22/8) que o incêndio de grande proporção em área de vegetação próxima ao mirante do Morro do Cristo, ponto turístico da cidade, está sob controle. A localidade atingida pelo fogo trata-se de uma unidade de conservação do município.
Conforme o tenente João Victor, os bombeiros atuavam na tarde desta quinta com três guarnições, compostas por oito militares, nos pontos de reignição das chamas. Na parte próxima ao mirante, o combate aconteceu em uma área de bambuzal com um foco. Na outra extremidade do morro, o combate ficou concentrado nos fundos de algumas residências.
Mais de 27 mil litros de água já foram gastos durante os trabalhos, que começaram na noite de terça-feira (20/8), quando o incêndio teve início por volta das 21h. A situação foi controlada, na ocasião, mas a área voltou a pegar fogo na manhã do dia seguinte. Na oportunidade, durante todo o dia na quarta-feira, os militares acompanharam a situação. Já à noite, a maior parte dos focos de incêndio estava concentrada em um paredão — local de difícil acesso, onde as chamas ultrapassavam 10 metros de altura.
“Ainda há focos em pontos isolados, mas a situação está controlada. Vamos seguir monitorando durante toda a noite”, frisou o tenente em relação à situação atual no Morro do Cristo. Ainda não há informações sobre a extensão da área queimada.
O monumento municipal Morro do Cristo, que compreende a vegetação do entorno, possui área de 105,3770 hectares e foi criado por meio do decreto 15.284, de 2022, passando a integrar o Sistema Municipal de Áreas Protegidas, Áreas Verdes e Espaços Livres, o Sistema Estadual de Unidades de Conservação (SEUC) e o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC).
Incêndios aumentam em Minas
De janeiro a agosto deste ano, o Corpo de Bombeiros atendeu 17.090 chamados para incêndios em matas no estado, quase igualando o total de 2023, que contabilizou 17.135 ocorrências. Só no mês de agosto, já foram registradas 2.968 ocorrências. Julho foi o pior mês no estado. Os militares foram acionados 4.517 vezes, um salto de quase 47% em comparação com julho de 2023, quando 3.074 ocorrências foram registradas. O dado corresponde aos registros em unidades de conservação e nas áreas urbanas.
Historicamente, agosto, setembro e outubro costumam ser os meses em que as demandas dos militares crescem mais por causa da expansão das queimadas em áreas florestais. O ápice das ocorrências costuma ser em setembro. Neste ano, a previsão é de que a situação se agrave ainda mais, uma vez que estão previstas chuvas abaixo da média em várias regiões do estado, como o Norte, Noroeste e Triângulo, segundo previsão do Sistema de Meteorologia e Recursos Hídricos de Minas Gerais (Simge), do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam).