
Policial é condenado por troca de tiros em pizzaria de BH
Crime aconteceu durante uma discussão entre policiais civis e militares em uma pizzaria no Bairro Castelo, em 2017
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Siga noUm policial civil foi condenado a dois anos e seis meses, em regime aberto, por disparar sua arma de trabalho durante uma discussão com policiais militares em uma pizzaria na Região da Pampulha, em 2017. A decisão foi tomada nesta sexta-feira (23/8), sete anos após o crime.
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Anderson Luiz Morais de Lacerda também foi acusado de lesão corporal e vias de fato, mas, até o julgamento, esses crimes prescreveram. Em sua decisão, o juiz Ricardo Sávio de Oliveira, do Tribunal do Júri, afirmou que Anderson confessou ter usado sua arma, mas que os disparos ocorreram em legítima defesa.
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Além do réu desta semana, outros três envolvidos já passaram por audiência. O policial militar Flávio Luiz Morais de Lacerda foi absolvido da acusação de vias de fato. Já André Luiz Mendes, também militar, foi condenado por tentativa de homicídio. No processo contra o bombeiro militar Pablo Porto do Carmo, foi decidida a extinção da punibilidade, ou seja, o fim do direito do Estado de punir um indivíduo por um crime.
Relembre o caso
O crime aconteceu em maio de 2017. Conforme o registro policial, a confusão teria começado depois que os militares decidiram tirar satisfações com a dupla de civis porque um deles teria olhado para duas mulheres que estavam acompanhando o primeiro grupo. Na ocorrência, consta que a jovem de 19 anos estava saindo do local de mãos dadas com um dos soldados, no momento em que foi chamada de “gostosa” por um dos civis. O soldado teria pedido que ela saísse da pizzaria e disse que iria resolver o problema. Ele relatou aos investigadores que, ao pedir que ela se retirasse, recebeu um xingamento como resposta.
Nesse momento, o soldado relata que um dos civis deu um tiro perto de seu pé. Em seguida, ele afirma que o policial civil ainda apontou a arma em direção à sua cabeça e ameaçou que ele iria morrer. A partir daí, a confusão se generalizou, com luta corporal e disparo de mais tiros, com a chegada dos demais policiais militares e do bombeiro.
O confronto continuou na rua, com policiais se abrigando atrás de carros e árvores, até que a situação foi contida e as viaturas da PM chegaram ao local. Ainda segundo a ocorrência, para não agravar a tensão, todos os envolvidos foram levados para a delegacia. Uma das pessoas que estava no local afirmou ter corrido para a cozinha durante a confusão e negou que tiros tenham sido disparados dentro do estabelecimento. Segundo a testemunha, todos os disparos ocorreram do lado de fora. "O susto foi muito grande, mas graças a Deus ninguém se machucou", afirmou.
O Grupo de Pronta Resposta (GPR) da Polícia Civil esteve no local, assim como várias unidades da PM e dos bombeiros. Três armas foram recolhidas, duas dos soldados envolvidos e uma de um dos investigadores.