Treinamento de guardas municipais com bikes elétricas no Parque Municipal -  (crédito: Túlio Santos/EM/D.A.Press. Brasil. Belo Horizonte - MG)

Treinamento de guardas municipais com bikes elétricas no Parque Municipal

crédito: Túlio Santos/EM/D.A.Press. Brasil. Belo Horizonte - MG

A Avenida Vilarinho, ponto comercial de Venda Nova, na capital mineira, contará com patrulhamento por bicicletas elétricas a partir de setembro deste ano. A iniciativa faz parte do projeto “Venda Nova + Segura”, da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte.

 

Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia

 

A patrulha será composta por seis agentes conduzindo bicicletas elétricas. Os guardas foram treinados em um curso ministrado por instrutores da Guarda Civil Municipal, capacitados pela International Police Mountain Bike Association, de Chicago. O curso, denominado Bike Patrulha, ocorreu de 21 a 23 de agosto.

 


Os agentes irão patrulhar a extensão da avenida, que tem cerca de 6 km, das 7h às 19h. Além dos agentes em bicicletas, outros dois guardas, pilotando motocicletas, darão suporte.

 

O Subinspetor Reinaldo, coordenador da Inspetoria Regional Venda Nova da Guarda Civil Municipal de Belo Horizonte, afirma que um agente de bicicleta equivale a cinco agentes a pé, o que aumentará significativamente a eficiência e a cobertura do patrulhamento da Guarda Municipal na região, complementando a patrulha da Polícia Militar.

 

Outro local

 

Além da Avenida Vilarinho, a Rua Padre Pedro Pinto, outro ponto comercial na mesma região, também será atendida pelo projeto "Venda Nova + Segura". No entanto, nesta segunda localização, o patrulhamento não será feito por guardas em bicicletas, mas sim por agentes a pé e pilotando motos. Além disso, alguns guardas farão a vigia dentro dos ônibus que trafegam pela via. “Eles vão subir em um ponto e descer em outro na própria avenida”, explica Reinaldo.

 

 

Na Rua Padre Pedro Pinto, a patrulha será das 9h às 21h.

 

O Subinspetor Reinaldo afirma que os dois locais foram escolhidos para receber esse patrulhamento específico, que é um projeto piloto, justamente pelo caráter comercial das áreas, o que garante um alto fluxo de transeuntes. Segundo ele, as duas vias somam 12 km de extensão e juntas contabilizam 2.300 pontos comerciais.

 

Reinaldo diz que o objetivo das patrulhas é justamente trazer mais segurança para os comerciantes e consumidores da área. “(As vias) recebem também pessoas de outras cidades, como Ribeirão das Neves. É um centro comercial muito pujante”, afirma o subinspetor, que não detalhou se a ocorrência de crimes nos pontos é frequente.

 

Insegurança

 

Quatro comerciantes que trabalham na Avenida Vilarinho ou na Rua Padre Pedro Pinto foram ouvidos pela reportagem, e as constatações são as mesmas: as vias são extremamente inseguras.

 

 

Lamir Hilário é dono de um comércio de pneus e rodas localizado na Avenida Vilarinho e conta que sofreu vários furtos este ano, assim como os estabelecimentos vizinhos. Ele diz que os criminosos pulam os muros ou arrombam os portões de entrada. No entanto, os furtos acontecem na madrugada.

 

O mesmo relato é feito por Raphael Henrique, dono de um comércio de acessórios automotivos na Vilarinho. Ele avalia que, apesar de o patrulhamento não abranger o horário em que os furtos costumam acontecer, “segurança nunca é demais”.

 

Mariana Lopes é consultora de vendas em uma academia na Avenida Vilarinho e diz que, por estar na recepção, “já passou muito sufoco”. Ela conta que pessoas aparentemente drogadas e bêbadas chegam a entrar no estabelecimento; uma vez, entraram ameaçando com um pedaço de pau. Mariana diz que a recepção conta com um botão de ajuda, que alerta os professores da academia para que venham até a entrada.

 

 

Ela conta que as ocorrências normalmente são à noite, próximo ao horário de fechamento da academia, mas às vezes acontecem na hora do almoço. A consultora de vendas acredita que o fluxo de guardas na avenida vai ajudar na segurança, mas pensa que seria ainda melhor se o patrulhamento fosse estendido até mais tarde e dividido por turnos.

 

Na Rua Padre Pedro Pinto, a situação é semelhante. No entanto, de acordo com a vendedora da O Boticário, Amanda Ferreira, os furtos costumam ocorrer em plena luz do dia, durante o horário comercial. Ela diz que os funcionários precisam ficar atentos porque as pessoas entram na loja e tentam pegar os produtos escondidos. “Uma vez, um homem entrou na loja rastejando”, conta Amanda, que, diante desse cenário, avalia positivamente o patrulhamento.

 

*Estagiária sob supervisão da subeditora Fernanda Borges