Os carros alegóricos da Escola de Samba Cidade Jardim, sediada próximo à Avenida Raja Gabáglia, na altura do Bairro São Bento, Região Centro-Sul de Belo Horizonte, foram completamente queimados durante o incêndio na vegetação que atingiu o local nessa segunda-feira (26/8). O prejuízo, segundo a agremiação, já ultrapassa os R$ 100 mil.
Siga nosso canal no WhatsApp e receba em primeira mão notícias relevantes para o seu dia
Segundo o presidente da escola de samba, Alexandre Silva, o grupo já temia que as chamas atingissem a área pela reincidência de incêndios na região. “Os carros foram colocados ao ar livre próximos à mata, quando, na verdade, tínhamos deixado mais para perto do asfalto. Foi uma tragédia anunciada, ali todo ano pega fogo, quando soubemos que os carros foram trocados de lugar já esperávamos isso”, conta.
De acordo com o representante da agremiação, foi registrado um Boletim de Ocorrência contra a empresa proprietária do terreno que teria realocado os carros para mais perto da vegetação. “Esses carros foram feitos por artistas de Parintins para o carnaval de 2025. É um prejuízo muito grande, a empresa que comprou o local não nos deixou ir até lá desmontar os carros alegóricos, se tivéssemos ido, só os ferros iam queimar, mas perdemos isopor, fibra e madeira”, explica.
Alexandre considera o ocorrido como “avassalador”. Agora, o grupo pretende organizar eventos e arrecadar dinheiro para a construção de novas alegorias. “Vamos fazer muitas festas, eventos e feijoadas para recuperar o prejuízo e deixar os carros lindos para 2025”, declara.
As chamas se aproximaram do restaurante Raja Brasa e a proprietária, Carol Line Machado, viveu momentos de apreensão. “O fogo começou no terreno do lado, um fogo criminoso, e aí o vento arrastou as chamas para cá, quando chegamos tinha muita fumaça. Como nosso terreno estava capinado, o fogo não atingiu o restaurante, mas houve uma destruição da fauna e da flora, aqui temos vários bichinhos, muitos pássaros que morreram nesse incêndio”, relata.
Segundo o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), a corporação teve dificuldades no combate ao fogo, devido ao fato de o terreno ser muito íngreme, com muita vegetação. O combate às chamas durou oito horas.
O Estado de Minas procurou a empresa proprietária, que afirmou que notificou por diversas vezes a escola de samba responsável pelos carros alegóricos para que esses veículos fossem retirados, mas nunca foi atendida.