Madrasta suspeita da morte de enteada já foi cuidadora do pai da vítima -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Madrasta suspeita da morte de enteada já foi cuidadora do pai da vítima

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

Marluce de Jesus, de 54 anos, madrasta da mulher morta por cinco pessoas da família, Magna Laurinda Ferreira Pimentel, de 42 anos, mantinha um relacionamento com o pai da vítima, Walter Olegário Pimentel, desde 2015. Era o mesmo homem com quem ela se beneficiava financeiramente de forma indevida, uma vez que ele sofre de demência.

 

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Segundo a Polícia Civil, a relação começou profissionalmente, quando Marluce trabalhava como cuidadora do idoso. Após algum tempo, os dois decidiram se casar. Ao longo dos anos, os quatro filhos da madrasta foram morar no lote onde ocorreu o crime e onde o corpo de Magna foi escondido.

 

Atualmente, o pai apresenta sinais de demência, alternando entre momentos de lucidez e delírio, conforme divulgado pela PCMG. Não há informações sobre quando o estado de demência teve início nem sobre o que teria provocado.

 

 

A madrasta e uma das filhas, Paloma Pereira de Jesus, "se aproveitaram da condição do homem para realizar um empréstimo de R$ 40 mil, gastos em apenas seis meses com jogos de aposta ilegais, celulares e outros bens", informou o delegado responsável pela investigação, Alexandre Oliveira da Fonseca. A dívida foi a motivação para o assassinato de Magna, que, ciente da exploração financeira, tinha o objetivo de resolver a situação.

 

A vítima foi até a residência do pai, onde ele mora com Marluce e os filhos. "Durante a conversa, houve uma discussão entre as partes. Diante da situação, Paola (outra filha) tentou apaziguar a briga familiar, que, mais tarde, foi um ponto crucial para o desenrolar do crime", disse o delegado. Depois disso, a família decidiu armar uma emboscada com o intuito de matar Magna.

 

Marido da vítima sobre o relacionamento

 

O marido de Magna, Tiago Arlei Alves, de 22 anos, que registrou o desaparecimento da esposa, disse em entrevista ao Estado de Minas que Marluce e Walter se conheceram "na noite" e que, há dois anos, ele começou a apresentar os sintomas de demência.

 

 

Como já era companheira dele, a madrasta passou a cuidar do idoso. "Ele tinha o costume de beber todos os dias e começou a ficar mais debilitado, até precisar ser internado. Depois disso, começou a parecer mais grogue, como se estivesse dopado", relata.

 

Depois de um tempo, Magna descobriu, em junho deste ano, que o casal havia assinado um contrato de união estável.