Família obrigou idoso a assinar doação de imóvel -  (crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

Família obrigou idoso a assinar doação de imóvel

crédito: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

No final de 2023, Walter Olegário Pimentel, pai de Magna Laurinda Ferreira Pimentel, morta em uma emboscada armada pela própria família, doou o imóvel onde o crime ocorreu para a madrasta, Marluce Pereira de Jesus, responsável por planejar o assassinato.

 

Segundo o delegado Alexandre Oliveira da Fonseca, o pai da vítima tinha duas casas: uma onde ele vivia com a madrasta e os filhos, e outra onde Magna morava. "A filha queria que o pai fosse morar com ela, mas ele tinha um apego enorme à sua casa e não concordou em sair", informou. A filha então aceitou a decisão, uma vez que o pai precisava de cuidados, pois sofre de demência. Marluce mantinha uma relação de longa data com Walter, começando como sua cuidadora.

 

"Existe uma procuração do final do ano passado, em que Walter transfere a propriedade da casa para sua cuidadora e companheira", disse o delegado.

 

 

Além disso, a madrasta de Magna levou o marido, de 74 anos, até uma agência bancária e pegou um empréstimo em nome dele no valor de cerca de R$ 40 mil. A mulher também utilizou a aposentadoria do idoso, totalizando um gasto de R$ 50 mil em pouco mais de três meses, o que deixou a conta negativada. Os valores foram gastos com jogos de aposta ilegais, celulares e outros bens.

 

 

A Polícia Civil acredita que Walter já estava em processo de demência desde 2015, quando conheceu Marluce. Sua condição teria levado a madrasta e a filha, Paloma Pereira de Jesus, a se aproveitarem para realizar o empréstimo, o que mais tarde ocasionou uma tragédia.