Para evitar que cabo de cobre fosse novamente furtado, fotógrafo de BH soldou a caixa de energia que tem na calçada, por onde passa a fiação -  (crédito: Redes Sociais / Reprodução)

Para evitar que cabo de cobre fosse novamente furtado, fotógrafo de BH soldou a caixa de energia que tem na calçada, por onde passa a fiação

crédito: Redes Sociais / Reprodução

O fotógrafo Marcio Rodrigues usou as redes sociais para desabafar sobre o furto de cabos de cobre de energia elétrica do estúdio dele, em Belo Horizonte. Na publicação, feita nesta quarta-feira (28/8), o profissional explica que teve que pagar a manutenção da fiação, uma vez que a Cemig não se responsabiliza pela subtração de cabos colocados por proprietários de imóveis. 

 

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No vídeo, de pouco mais de cinco minutos, Marcio conta que na terça-feira (28/8) chegou ao local de trabalho e percebeu que não havia energia elétrica. Ele então foi aos vizinhos para saber se a queda do fornecimento tinha sido geral. Ao descobrir que apenas o imóvel dele não tinha luz, acionou a Cemig, que enviou técnicos para apurar o que tinha acontecido. 


 

Os técnicos constataram que os cabos de cobre, que ligam o poste de rua ao imóvel por baixo da terra, foram furtados. O fotógrafo conta que os profissionais explicaram que, por a fiação fazer parte do projeto do estabelecimento e não da rede de fiação da companhia, os reparos teriam que ser custeados por Marcio. 


 

“Enquanto isso eu tive que usar um gerador de gasolina para trabalhar, uma barulhada, uma fumaça. Trabalhei o dia inteiro com esse gerador. [...] Então, eu tive que achar o cabo, que não é fácil e é caro para cac***. Tive que achar outra pessoa para fazer a obra, porque a Cemig disse que o problema era meu, já que o cabo era meu. Contatei alguns eletricistas e eles disseram que não podiam fazer porque não podem subir no poste, porque é ilegal. Então, eu achei um cara, um dos melhores eletricistas que eu já encontrei, ele subiu no poste, ele trabalha com isso e fez a emenda no cabo”, conta Rodrigues.


 

 

 

Para evitar que o material fosse novamente furtado, o fotógrafo soldou a caixa de energia na calçada, por onde passa a fiação. Ainda segundo seu relato, ele também decidiu cimentar a entrada da estrutura, “sepultando” o cabo.

 

 

 

 

Ao longo do vídeo, Marcio fala sobre relatos que recebeu de outras ocorrências de subtração de cabos de cobre. Em uma delas, a pessoa teria sido eletrocutada e encontrada no dia seguinte. Ele então desabafa sobre a situação: “Eu adoraria ter chegado aqui no estúdio e encontrado um cara lá na calçada esturricado. É maldade? É. Mas ele que lute e use a sua inteligência para o bem. Mas eu adoraria. Mas esse escapou, ele foi embora. Se ele vai voltar, eu não sei. Mas ele vai ter mais trabalho, vai fazer barulho”. 


 

A reportagem procurou a Cemig para saber sobre quais medidas os proprietários de imóveis que tiveram fiação de cobre furtada devem tomar. "O cliente deve registrar pedido para restabelecimento na Cemig, por meio de seus canais de atendimento. Uma equipe da empresa vai ao local e, sendo constatado o furto de cabos em alguma parte da instalação do cliente, a energia da rede elétrica é desligada para eliminar o risco de acidentes. Dessa forma, um eletricista de confiança do morador ou proprietário do imóvel poderá providenciar a reposição da fiação roubada". 

 

 

Por questões de segurança, o profissional que irá repor os cabos somente deve atuar depois que a Cemig desligar a energia e informar ao cliente. Cabe ressaltar que, após o furto, a instalação interna estará sem energia, mas a rede da Cemig permanece energizada e, por essa razão e para garantir a segurança de todos, "a empresa deve ser comunicada para que proceda a desconexão do padrão de entrada da instalação com a sua rede elétrica. Ou seja, em nenhuma hipótese, o cliente ou alguém indicado por ele deve se arriscar e trabalhar no padrão antes da atuação da Cemig", afirma a companhia.

 

 

Feita a reposição dos cabos, o cliente deve solicitar à Cemig, por meio de seus canais de atendimento, a religação da energia após o “corte para conserto”. A partir do registro do pedido, uma equipe da companhia vai ao local para religar a energia e normalizar o fornecimento. 

 

 

"Nos casos citados, em que o consumidor fez a opção por ser atendido por ramal de entrada subterrâneo a partir de poste da distribuidora, conforme previsto no artigo 27 da Resolução 1.000, da Aneel, o consumidor assume os custos adicionais da conexão e os custos de eventuais modificações futuras, sendo de sua responsabilidade a conservação da rede a partir do ponto de conexão situado no alto do poste", enfatiza a Cemig.

 

 

Nos casos em que a responsabilidade é do cliente, a Cemig não recomenda a concretagem da caixa de passagem, pois, em caso de curto, é necessário acessar a instalação, sendo mais apropriado o trancamento por meio de cadeado pois não impede o acesso pelos técnicos autorizados.

 

 

"A empresa alerta para os perigos aos quais as pessoas que realizam furtos estão sujeitos. Além dos transtornos à população, essa prática é um crime previsto na legislação e que pode causar acidentes graves, morte ou sequelas irreversíveis para quem tenta  furtar equipamentos e estruturas da rede de energia, sejam elas da Cemig ou de particulares", conclui a companhia.

 

 

Veja dados de furto de cabos 

Quantidade de cabos furtados - Cemig
Prejuízo financeiro - Cemig


2020
6,75 km
R$ 1,1 milhão


2021
6 km
R$ 1 milhão


2022
8,83 km
R$ 1,25 milhão


2023
2,36 km
R$ 405 mil


07/2024
0,51 Km
R$ 106 mil


TOTAL
24,45 Km
R$ 3,86 milhões