A prisão fez parte da Operação Voto de Silêncio -  (crédito: Rede de Noticias)

A prisão fez parte da Operação Voto de Silêncio

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A Polícia Civil (PC) de Frutal, no Triângulo Mineiro, prendeu na manhã desta quinta-feira (29/8) um líder religioso, de 43 anos, suspeito de praticar pelo menos seis estupros contra mulheres, adolescentes e crianças, "em nome da fé". No entanto, segundo a PC de Frutal, há muitas outras denúncias para verificar. A suposta vítima mais nova tem 9 anos.

 

A prisão fez parte da Operação Voto de Silêncio. O suspeito não tinha passagens policiais.

 

 

Três mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo apreendidos documentos que comprovam o crime e uma espingarda. A arma, segundo o delegado responsável pelas investigações, Bruno Giovannini de Paulo, era usada para intimidar as vítimas, caso elas quisessem sair do grupo religioso. “Nós identificamos que as vítimas foram intimidadas por esse líder religioso de diversas formas, inclusive com arma de fogo”.

 

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‘Quarto do sigilo’

 

Ainda conforme Giovannini, os estupros ocorriam durante os rituais que eram reservados somente a ele, em um local chamado de ‘quarto do sigilo’.

 

 

No quarto, ainda segundo as investigações, o líder religioso teria usado imagens intimidadoras, forçando as mulheres a entrarem em um alçapão junto com ele. Em seguida, o suposto líder incorporava algum tipo de espírito e exigia que as vítimas tivessem relações sexuais com ele para que seus pedidos de fé fossem realizados. “Através desse sigilo, ele estava perpetuando essas agressões sexuais”.

 

 

Centro religioso

 

Segundo as investigações, o suspeito possui um centro religioso que é frequentado por diversas pessoas. “Conforme apuramos, ele tinha um grupo específico dentro desse centro chamado ‘grupo do sigilo’ em que ele trazia para perto dele pessoas que seriam destinatárias de cerimônias mais exclusivas. Inclusive ele cobrava por isso. Mas durante esses cerimoniais, descobrimos que ele teria praticado diversos crimes sexuais contra crianças, adolescentes e mulheres”, complementou.

 

 

A reportagem questionou sobre qual a religião do centro do suspeito, mas o delegado disse que prefere não identificar a mesma.