Wallef César de Oliveira, de 27 anos, acusado de esfaquear a namorada até a morte na Avenida Antônio Carlos, no Bairro São Luiz, na Região da Pampulha, em Belo Horizonte, será julgado pelo crime de homicídio com quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, recurso que dificultou a defesa da vítima e contra mulher por razões de condição de sexo feminino, em contexto de violência doméstica. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais nesta quinta-feira (29/8) e afirmou que Wallef pode ir a júri popular.
A prisão preventiva foi mantida e a Justiça autorizou o acesso ao conteúdo dos aparelhos celulares apreendidos, incluindo acesso às mensagens de redes sociais, além dos conteúdos apagados e ligações telefônicas. Ainda não há previsão de julgamento.
O crime
De acordo com informações da Polícia Militar, Vitória Alves Silva foi surpreendida pelo ex-namorado, Wallef, que chegou de moto enquanto ela passava próximo ao número 7.525 da Avenida Antônio Carlos. O boletim de ocorrência relata que, no dia do assassinato, Wallef teria passado "a tarde toda em seu apartamento planejando tirar a vida da ex-namorada".
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O homem desferiu várias facadas em Vitória Alves Silva, deixando-a agonizando na calçada. Após o ataque, ele tentou fugir e chegou a entrar na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), mas foi perseguido e detido por policiais militares do 34º Batalhão. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender a vítima, mas Vitória morreu no local.
O pai da jovem, Renato Xisto, descreve Vitória como uma pessoa cheia de vida e saúde, e afirma que a família está "totalmente arrasada e sem paz". Ele revela que o casal estava planejando se casar em novembro. Segundo Renato, no domingo (4/8), após uma festa em que Wallef havia bebido muito, Vitória decidiu terminar o relacionamento. A não aceitação do término levou Wallef a cometer o crime.
*Estagiárias sob supervisão do subeditor Gabriel Felice