A Polícia Civil concluiu o inquérito que apurou crimes envolvendo um grupo líder de uma instituição religiosa em Carmo do Paranaíba, no Triângulo Mineiro. Quatro pessoas foram indiciadas por peculato, concussão e associação criminosa. O grupo é suspeito de ter desviado valores significativos, prejudicando os cofres públicos e membros da comunidade religiosa.
Um dos investigados, segundo a polícia, juntamente com outros membros da organização, se apropriou de recursos públicos destinados a projetos sociais. Os suspeitos também exigiam mensalmente vantagens pecuniárias indevidas aos familiares de dependentes químicos em troca da permanência em determinada instituição de recuperação sem fins lucrativos, praticando, assim, extorsões em nome da fé.
As investigações apontaram ainda a existência de uma associação criminosa estruturada, com funções bem definidas entre seus integrantes, todos ligados à mesma instituição religiosa.
A delegada Mariana Lemos de Campos, que coordena as investigações, destaca a complexidade das investigações e a importância da colaboração da sociedade na elucidação dos fatos. “Contamos com o apoio de várias testemunhas e documentos que foram essenciais para desmantelar essa rede criminosa.”
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As penas dos quatro indiciados, somadas, podem ultrapassar 27 anos de reclusão. As investigações foram conduzidas pela equipe da Delegacia de Polícia Civil em Carmo do Paranaíba, com apoio do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TJMG).
Denúncias podem ser feitas pelo telefone 181, da Polícia Civil, que garante o sigilo.