Uma operação do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) na manhã desta quinta-feira (1º/8) mirou o combate de fraudes tributárias e lavagem de dinheiro por grupo de pessoas que fornecem resina para fabricação de calçados na Região Oeste de Minas.


Segundo o MP, a fraude é operacionalizada através de associação criminosa que se utiliza de diversas empresas de fachada e de interpostas pessoas físicas - conhecidas como laranjas - para a compra de resina no estado de São Paulo, sem a emissão de nota fiscal ou se valendo de notas fiscais subfaturadas.

 


A estimativa é de que o grupo tenha sonegado ao menos R$ 40 milhões em impostos. Além do crime de sonegação fiscal, os investigados podem responder por associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.


Ao todo, o MP cumpre na manhã de hoje 14 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Nova Serrana e Araújos, no Centro-Oeste do estado, e em Jundiaí, em São Paulo. 

 



 

Foram alvo de busca e apreensão as residências dos gestores do grupo econômico que se beneficiaram da fraude e dos membros da associação criminosa, bem como as empresas utilizadas no esquema criminoso.


Foi ainda deferido pelo Poder Judiciário o sequestro de 21 veículos e 55 bens imóveis pertencentes aos investigados.

 


A operação foi desenvolvida pelo CIRA, em modelo de força-tarefa, com participação do Ministério Público de Minas Gerais, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Ordem Econômica e Tributária (Caoet), Receita Estadual de Minas Gerais, Advocacia-Geral do Estado, Tribunal de Justiça, e Polícias Civil e Militar, na regional do CIRA em Divinópolis.


As investigações contaram com a participação de três promotores de Justiça, 30 auditores da Receita Estadual de Minas Gerais, dois delegados de Polícia e 43 policiais civis de Minas Gerais. A ação contou ainda com o apoio do CAOET-BH e CAOET-Contagem.

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