A audiência de instrução e julgamento da mulher acusada de matar a facadas a vizinha Jaqueline Maia durante uma briga na porta do condomínio onde viviam, no Bairro Jardim Vitória, Região Nordeste de Belo Horizonte ocorreu nesta quinta-feira (1º/8). O crime aconteceu em 22 de novembro de 2023.

 

Testemunhas de acusação e defesa foram ouvidas no Fórum Lafayette, no Bairro Barro Preto, Região Centro-Sul da capital. A audiência começou às 13h30 e terminou pouco depois das 15h.

 



 

Representando a família da vítima, os advogados Rogério Vitor Marçal e Bruno Correa informaram à reportagem em nota conjunta que o processo será remetido para apresentação de alegações finais. “Estamos confiantes que a autora será pronunciada e, consequentemente, submetida a julgamento pelo Tribunal do Júri”, declarou. 

 

 

Relembre o caso

 

Segundo o Boletim de Ocorrência, no domingo de 19 de novembro de 2023, Juliana lavou a frente de seu apartamento e foi descendo com a água até o térreo. A vizinha então reclamou que ela havia sujado a frente de sua casa. Elas brigaram, e a suspeita jogou um vaso de plantas nas costas de Juliana. A Polícia Militar foi chamada, mas não compareceu. O exame para apurar as lesões corporais foi feito pelo Instituto Médico-Legal (IML) no dia seguinte.

 

 

No dia 22 do mesmo mês, Juliana saiu para trabalhar e foi até o ponto de ônibus que fica na frente do condomínio acompanhada de sua mãe, Antônia, de 66 anos, e que sofre de Parkinson. Chegando lá, encontraram a vizinha e as três começaram uma discussão, que levou a suspeita a empurrar a idosa, que caiu no chão. Com isso, a filha revidou, dando início a uma luta corporal. O porteiro apartou a briga e a mulher foi para dentro da guarita.

 

 

Ao ouvir o barulho da briga, Jaqueline foi até o ponto de ônibus e encontrou a mãe machucada e tremendo. Então, ela foi atrás da mulher para tirar satisfações. “Minha mãe desceu desesperada e foi até onde minha avó estava e viu o estado dela. E entrou novamente e foi até a guarita. Nisso, a vizinha tinha pegado uma faca de cozinha e golpeou minha mãe quatro vezes. Ela não teve nem chance de se defender”, contou Lorena Maia Machado, filha da vítima.

 

Imagens da câmera de segurança do condomínio mostram o momento que Jaqueline corre para dentro do prédio, seguida de vários moradores, e entra na guarita. Em seguida, ela sai amparada por um homem. A vítima foi socorrida e levada para a UPA Nordeste por outro morador, mas veio a óbito.

 

 

A acusada foi presa em flagrante, mas acabou solta dois dias após o assassinato por meio de habeas corpus. Ela aguarda o julgamento em liberdade desde então.

 

A defesa da denunciada não foi encontrada. O espaço segue aberto a manifestações.

 

compartilhe