Com previsão de se encerrar hoje, teve início o quinto e último dia do julgamento dos sete acusados da morte do vereador de Felixlândia e sindicalista, Hamilton Dias de Moura. Ele foi assassinado em uma emboscada, dentro de seu carro, próximo à estação do metrô da Vila Oeste, em Belo Horizonte, em 21 de junho de 2020.


A programação deste último dia é que os trabalhos tenham duas horas e meia para a acusação, o que deverá acontecer pela manhã, e à tarde, depois do almoço, duas horas e meia para a defesa. Logo depois, o Conselho de Sentença se reúne. A sessão é presidida pela juíza Myrna Souto, do 1º Tribunal do Júri. 


Estão sendo julgados o ex-vereador de Belo Horizonte, Ronaldo Batista de Morais, apontado como o mentor do assassinato, além de Antônio Carlos Cezário, Thiago Ribeiro de Miranda, Leandro Félix Viçoso, Fernando Saliba Araújo, Débora Caetano Félix Aragão e Filipe Santos Viçoso, que teriam participação no crime.

 

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Anteriormente, dois réus já foram julgados, o policial militar Felipe Vicente de Moura e Thiago Viçoso de Castro. Conforme denúncia do Ministério Público, o policial militar foi responsável pela parte da organização da execução do crime.


Ele foi condenado pelo Tribunal do Júri da 1ª Presidência de Belo Horizonte, em outubro do ano passado, a 17 anos de prisão, em regime fechado, pela participação no homicídio duplamente qualificado. Em função de um acordo de delação premiada com o Ministério Público, a pena foi reduzida para 10 anos de prisão.

 

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Já Thiago Viçoso de Castro foi absolvido das acusações de participação na organização criminosa e de adulteração da arma utilizada no crime. Mas foi condenado a três meses de detenção, pelo crime de fraude processual, e mais quatro anos de reclusão pelo crime de posse ilegal de armas.

 




Réus já ouvidos 


Três depoimentos são considerados os mais importantes, o de Ronaldo, de Antônio Carlos e Leandro Assis. Ronaldo, acusado de ser o mentor do crime, negou a participação no crime. Disse que foi indicado como suspeito pelo assassinato de Hamilton Moura porque a família da vítima não gostava dele por divergências entre os dois na política dos sindicatos.


O réu Antônio Carlos disse que não conhecia o ex-vereador Ronaldo Batista e que era apenas motorista dos diretores e funcionários do sindicato em que Ronaldo era presidente.


 

Já o ex-vigilante Leandro Assis confessou a execução do sindicalista e ex-vereador do município de Funilândia, Hamilton Dias de Souza, em julho de 2020. Ele disse que a execução ocorreu a mando do réu Gerson Geraldo, já falecido, que prometeu para ele um pagamento de 40 mil reais, mais uma ampla e confortável casa no estado do Espírito Santo. Segundo Leandro Assis, Gerson alegou que o motivo da execução era porque Hamilton trazia muitos transtornos para ele no sindicato. 


O réu confesso afirmou inda que contactou o policial Felipe Vicente para a organização de toda emboscada, a qual teve como mote final um possível  encontro amoroso marcado por meio de conversas entre a vítima e um perfil falso de mulher. Assim, Hamilton foi atraído até o local do crime.




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