Um homem, de 25 anos, apontado como principal integrante de uma quadrilha de roubo de ferro gusa na Região Metropolitana de Belo Horizonte, foi preso pela Polícia Civil. O suspeito, que mora em BH, foi detido na sexta-feira (9/8), durante operação deflagrada com o objetivo de desarticular uma organização criminosa atuante na subtração desse material em Sabará e municípios adjacentes.

 

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O trabalho policial é consequência da “Operação Hefesto”, desencadeada em agosto de 2023, quando cinco pessoas foram presas por envolvimento no esquema.


O suspeito preso agora era foragido da polícia, há um ano, quando um mandado de prisão preventiva foi expedido pela Justiça, após representação da da Polícia Civil.

 

 

Segundo as investigações, nesse período, o suspeito teria organizado e executado diversos furtos de cargas, subtraindo toneladas de ferro gusa. Depois de preso, ele foi levado para a delegacia onde foi ouvido e encaminhado ao sistema prisional.


A Operação Hefesto


Cinco pessoas, com idades entre 22 e 48 anos, já tinha sido presas pela operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). As investigações tiveram início em janeiro de 2023, após a apreensão de um caminhão carregado com minério.


“Nessa data, em razão desse furto, ocorreu um acidente ferroviário. Uma composição, carregada de ferro gusa, que estava em direção ao porto de Vitória, descarrilou. A partir de então, realizamos diversas diligências que culminaram na identificação dos suspeitos”, explica o delegado regional em Sabará, Luciano Guimarães.


Segundo ele, os suspeitos abriam os vagões dos trens (por meio de comportas localizadas abaixo dos vagões) para que o minério fosse despejado ao longo da linha férrea. Posteriormente, um grupo recolhia o minério e o alocava em um caminhão, ao mesmo tempo em que outra equipe vigiava os guardas da linha férrea e a polícia.


“São cerca de 30 a 40 vagões. O vagão que está plenamente preenchido, quando abre a comporta, fica vazio e, então, isso gera um desbalanceamento da composição e ocasiona o descarrilamento”, explica o delegado.


Ainda segundo Guimarães, mais grave do que o furto do ferro gusa, um minério de valor considerável e de fácil revenda, é “o perigo em razão do modus operandi da quadrilha que pode ocasionar um acidente grave”.


Para o delegado, se o descarrilamento de um vagão ocorre em área urbana, com casas ao redor, as consequências podem ser catastróficas. Já nos pontilhões, a ação criminosa pode resultar na queda do trem de grandes alturas.

  

A estimativa é de que, em cada roubo, os criminosos conseguiam desviar até 15 toneladas de minério. Ainda segundo as investigações, a empresa receptadora do produto chega a pagar R$ 1 por quilo do ferro gusa furtado.

 

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