Uma família em apuros. Ela é obrigada a conviver com o medo, 24 horas por dia. Esta é a situação dos parentes de Mário Perpétuo, Agda Perpétuo e do filho do casal, Mateus Perpétuo, assassinados, em 28 de março de 2021. Nesta data, a casa em que moravam no Bairro Céu Azul, na Pampulha, foi invadida por um homem de 31 anos que matou todos a tiros. Mário foi morto na sala. O corpo da mãe, Agda, foi encontrado no quarto. E o do filho, Mateus, junto ao portão de entrada da casa.

 

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O principal acusado do crime, um homem, de 31 anos, natural da Bahia, que aguardava o julgamento em liberdade, teve a prisão preventiva, solicitada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), por ameaças feitas a parentes das vítimas. A Justiça deferiu o pedido e o assassino foi preso.


O crime foi motivado por uma dívida de R$ 1.700,00, referente à compra de um equipamento de padaria, montada na Rua Coletora, na Vila Pinho, Região Oeste de Belo Horizonte. O réu não pagou a dívida e Mário Perpétuo entrou com ação na Justiça para cobrar. O devedor não gostou e matou a família.




 

Medo e fuga


Um parente muito próximo das vítimas conta que recebe há muito tempo telefonemas e mensagens ameaçadores. “Diziam que estavam me monitorando, que eu estava sendo seguido até em casa. E também falavam detalhes sobre a vida dos meus filhos. Estavam observando a vida pessoal de todos os membros da família”, conta assustado.


 

Por esse motivos, alguns membros da família decidiram se mudar de Belo Horizonte. Foram para o interior, mas ainda voltam à capital para trabalhar. “Ainda bem que a maioria de nós é autônomo e, por isso, podemos organizar e planejar as viagens para realizarmos serviços”, explica resignado.

 

 

A situação é tão grave, segundo esse parente, que os amigos de cada um passam o dia telefonando para para saber como eles estão. “Está tudo bem? Precisa de alguma coisa? Quer ajuda pra voltar pra casa? Se precisar, pode dormir aqui?”, são os dizeres comuns dos amigos.


Esse parente diz que foi fundamental a atuação da Polícia Civil, através dos policiais do DHPP. “Eles foram anjos em nossas vidas. Nos apoiaram e nos protegeram, até que saíssemos de casa”.


Investigações


As investigações do caso ainda prosseguem porque, no dia do crime, o autor teve ajuda para fugir do local. Ainda não se sabe quem foi essa pessoa, coautora do crime.


Uma das suspeitas é de que esse comparsa seja um parente do autor do crime. A Polícia Civil espera encontrar em breve. 


A polícia investiga também um ponto obscuro nas apurações: como o autor teria conseguido entrar na casa. Existe a suspeita de que o filho do casal tenha aberto o portão, ou tenha sido rendido, ainda na rua, e obrigado a deixar o autor entrar.

 

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