A Justiça acatou a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) contra o DJ Kassio Fernando dos Santos Ragazzi, de 36 anos, suspeito de estuprar e tentar arrancar o útero da ex-namorada, de 22 anos, em Belo Horizonte. A decisão foi assinada nessa quarta-feira (28/8) pelo juiz Bruno Sena Carmona, que também determinou a retirada de sigilo do processo.
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O magistrado, além de manter a prisão preventiva de Kassio, acatou o pedido do MPMG para quebrar o sigilo médico da vítima. Isso porque “o acesso ao prontuário e aos resultados dos exames laboratoriais se fazem realmente necessários para a apuração do possível crime de tentativa de homicídio, visando esclarecer as circunstâncias dos fatos”, justifica Carmona, acrescentando que o sigilo previsto no Código de Ética Médica “não é absoluto”.
Agora, após a intimação, o Hospital Risoleta Neves, onde a vítima foi atendida, tem 10 dias para cumprir a decisão. O mesmo prazo foi fixado para Kassio responder à acusação. Caso ele não constitua advogado para representá-lo, os autos serão remetidos à Defensoria Pública.
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O DJ está preso desde a tarde de 30 de julho, quando foi localizado na Avenida Cristiano Machado, na altura do Bairro União, Região Nordeste de BH. O crime teria ocorrido durante a madrugada daquele dia, no Bairro Conjunto Felicidade, Região Norte da capital.
Ao ser encontrado, Kassio negou o estupro e as agressões. A PM apreendeu três facas, que estão relacionadas no boletim de ocorrência, dentro do carro em que ele estava no momento da prisão, informou o tenente Nikolas Brandhuber, do 13º Batalhão da PMMG.
Conforme registrado pela Polícia Militar, Kassio não aceitou o fim do relacionamento e, por isso, invadiu a casa da ex-companheira, a princípio, para tentar reatar o relacionamento. Ao receber a negativa dela, ele pegou a vítima pelo pescoço, bateu a cabeça dela na parede e a estuprou.
Depois da violência sexual, o criminoso ainda teria inserido sua mão dentro da genitália da mulher e tentado arrancar o seu útero.
Segundo o registro da ocorrência, a vítima morava sozinha com a filha de três anos. A mãe da mulher contou que recebeu um telefonema no qual a filha chorava muito e pediu socorro depois de explicar que tinha sido agredida. Ela foi levada à unidade hospitalar com intenso sangramento e passou por cirurgia.
No hospital, a jovem disse aos policiais que manteve um relacionamento com o DJ por dois anos e haviam terminado há 15 dias. Depois disso, ele teria invadido a casa da ex-companheira outras três vezes para forçá-la a manter relações sexuais.