Incêndio em mata de Nova Lima deixa moradores de condomínio apreensivos. Na foto, Fred Motta, morador do Ville de Montagne -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press)

Incêndio em mata de Nova Lima deixa moradores de condomínio apreensivos. Na foto, Fred Motta, morador do Ville de Montagne

crédito: Edésio Ferreira/EM/DA Press

Alguns moradores do Ville de Montagne, em Nova Lima, na Grande BH, não dormiram esta madrugada. Isso porque a mata do condomínio foi atingida por um incêndio de grandes proporções na noite desse domingo (01/09). Com medo de o fogo atingir as residências, alguns residentes relataram que ficaram acordados até que as chamas fossem debeladas.

 

 

"Era 1h e eu não consegui dormir. Acionei o pessoal do condomínio, que fizeram trilha a noite e subiram (sic). Com a força do jato da mangueira, apagaram o fogo que, com certeza, chegaria na minha residência", conta Fred Motta, que mora no Ville de Montagne desde 2008.

 

Segundo o empresário, que mora com a esposa e o filho adolescente, esta é a primeira vez que ocorre um incêndio desta proporção no local. Com a seca e ventos fortes, o fogo se propagou rapidamente na mata e, por pouco, não causou um estrago maior.

 

 

O medo de Fred também foi sentido por outros moradores. A aposentada Neísa Diniz dos Reis, que reside no condomínio há 16 anos, preocupou-se com a situação nunca vista antes. O medo maior era de que as chamas chegassem à casa dele, mas os bombeiros a tranquilizaram dizendo que isso não aconteceria devido à localização.

 

 

 

"É a primeira vez que ocorre um incêndio assim. Eu e meu marido percebemos as chamas por volta de 22h, quando a energia caiu. A partir de determinado horário, os brigadistas pediram para usar a água da piscina. Meu filho, que mora no bairro Luxemburgo, [em BH], passou a noite com a gente. A síndica e o tenente passaram em casa e disseram para colocar tudo em uma bolsa de emergência caso precisasse sair”, conta Neísa.

 

 

Na noite passada, a síndica do Ville de Montagne e presidente da associação de moradores do local, Camila Diniz, passou orientações aos moradores. A recomendação era que os moradores reunissem os itens básicos e necessários, como documentos e remédios, caso precisassem evacuar as casas. No entanto, a ação não foi necessária.

 

De acordo com a síndica, o fogo começou por volta de 22h próximo à portaria 2. Inicialmente, os moradores tentaram apagar o fogo, mas o vento impediu. A Brigada Carcará deu apoio, mas uma casa teve a caixa d'água, muro e pomar atingidos.