Durante alerta de perigo de baixa umidade há risco de incêndios florestais e à saúde como: ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A. Press)

Durante alerta de perigo de baixa umidade há risco de incêndios florestais e à saúde como: ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz

crédito: Leandro Couri/EM/D.A. Press

Além da onda de calor que paira sobre Minas Gerais, e outros estados do país, até a quarta-feira (4/9), 562 cidades estão em alerta para baixa umidade relativa do ar. O alerta emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) prevê índices variando entre 20% e 12%, bem abaixo do ideal estipulado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que varia entre 50% e 60%.


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Em 245 municípios, as marcas podem ficar abaixo dos 12%. A título de comparação, no Deserto do Saara a umidade do ar varia entre 14% e 20%. O aviso é válido até as 19h, desta segunda-feira (2/8), mas poderá ser estendido. Durante o período da notificação, há risco de incêndios florestais e à saúde como: ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz

 


 

Nesta segunda-feira, o céu sob Belo Horizonte e região metropolitana amanheceu embaçado e opaco. A condição, que se parece muito com fumaça, é causada pela Névoa Seca, um fenômeno que ocorre, normalmente, durante a tarde quando as temperaturas estão mais altas e os níveis de umidade do ar mais baixos.


Segundo informações do Inmet, a névoa que prevalece na capital é a combinação de fatores como acúmulo de poeira, baixa umidade relativa do ar e o transporte da fumaça dos incêndios. A meteorologista Anete Fernandes explica que o fenômeno é comum no inverno, mas está piorando devido a ausência de chuvas e o número de incêndios. A previsão é que ela persista até que haja chuvas significativas. 


 

E ai, vai chover? 


Em Belo Horizonte, o último registro de chuva foi feito em 19 de abril. Até hoje, foram 136 dias consecutivos sem precipitações. O maior intervalo de seca da história foi em 1963. Na ocasião, foram registrados 198 dias sem chuva. 


 

De acordo com o Inmet,  na sexta-feira (6/9), a intensificação do fluxo de umidade de origem oceânica tende a aumentar a nebulosidade na porção central e leste do estado. A previsão é que a mudança reduza um pouco o calor e melhore, “sutilmente”, os índices de umidade. Mesmo assim, não há perspectiva de chuva para nenhuma região mineira pelo menos até a segunda quinzena do mês.


Cuidados com a saúde


Quando os dias ficam mais secos devido à pouca incidência de chuvas, causando uma menor dispersão dos poluentes - o que piora a qualidade do ar -, e que por si só já seriam fatores irritantes das mucosas respiratórias. Esses fatores aliados à tendência de aglomeração em locais fechados, faz com que as infecções aumentem a sua incidência. 


Para amenizar e prevenir o contágio por doenças respiratórias durante a época mais fria do ano, o recomendado é sempre manter a caderneta de vacina em dia. Na capital, a vacina contra a gripe está disponível gratuitamente nos 152 centros de saúde, pontos extras e drogarias parceiras da Prefeitura de Belo Horizonte. Podem receber a dose todas as pessoas a partir de 6 meses de idade e que ainda não tenham recebido o imunizante neste ano.


 

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, receber a dose é uma importante forma de prevenir a infecção pelos vírus da influenza. Com isso, é possível evitar formas graves da doença, internações e, até mesmo, os óbitos. O objetivo da campanha de vacinação é reduzir as complicações, internações e óbitos pela infecção pelo vírus influenza. Por isso, as doses são trivalentes, ou seja, protegem contra os influenza A (H1N1 e H3N2) e o influenza B. É importante destacar que não há impedimento em receber, no mesmo dia, a vacina contra a gripe juntamente com outras vacinas.


Para receber o imunizante é necessário levar o documento de identificação com foto, CPF e o cartão de vacina para o devido registro. É importante destacar que não há impedimento em receber, no mesmo dia, a dose contra a gripe juntamente com outras vacinas. Ou seja, as pessoas que buscarem os centros de saúde podem, também, atualizar o cartão de vacinação com outros imunizantes.