Welbert de Souza Fagundes, acusado de assassinar o sargento PM Roger Dias da Cunha, em 7 de janeiro deste ano, não poderá mais ser transferido para um hospital psiquiátrico. O pedido feito pela defesa do matador foi indeferido pelo juiz sumariante do 2º Tribunal do Júri da capital, Roberto Oliveira Araújo Silva, que entendeu que a perícia apresentada pela defesa de Welbert precisa de respaldo técnico de um laudo oficial de insanidade mental do réu.
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A defesa baseou o pedido de transferência do preso em um relatório emitido pelo psiquiatra Hewdy Lobo, atestando que o réu tem transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de múltiplas drogas e de substâncias psicoativas (transtorno psicótico), além de esquizofrenia paranoide.
Anteriormente, o Ministério Público tinha se manifestado a favor da transferência do preso para um hospital psiquiátrico. O juiz, no entanto, entendeu que o laudo apresentado foi elaborado de forma unilateral e produzido sem contraditório, por isso, indeferiu a transferência.
O magistrado ressalta, em sua decisão, que o processo está suspenso exatamente para elaboração do laudo oficial de insanidade mental, que tramita em segredo de Justiça.
O crime
A morte do sargento Roger ocorreu dois dias depois de ele ter sido baleado durante uma perseguição, no bairro Novo Aarão Reis, na região norte de Belo Horizonte. O policial foi levado para o Hospital do Pronto Socorro João XXIII, onde morreu.
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O sargento Roger tinha 29 anos de idade e dez de Polícia Militar. O militar entrou para a corporação em 2014 e atuava no 13º Batalhão de Belo Horizonte. Ele era casado e deixou uma filha de cinco meses de idade.
Welbert era foragido da Justiça por não retornar ao presídio no fim da “saidinha” de Natal. Ele estava preso no presídio Antônio Dutra Ladeira, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, desde 24 de agosto de 2023.