A pesquisa acontece também em unidades prisionais dos estados de Goiás e Mato Grosso -  (crédito: Victor Laia/Sejusp)

A pesquisa acontece também em unidades prisionais dos estados de Goiás e Mato Grosso

crédito: Victor Laia/Sejusp

Os pesquisadores da Universidade de Cambridge (Inglaterra) Bruna Angotti, Graham Denyer Willis e Pedro Mendes Loureiro realizam uma pesquisa internacional sobre o sistema penitenciário no Brasil, com uma abordagem em três estados brasileiros: Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso.

 

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Nos meses de agosto e setembro eles realizaram visitas e entrevistas em unidades prisionais de Minas Gerais e também nas Apacs (Associação de Proteção e Assistência aos Condenados) masculina, feminina e juvenil de Frutal, no Triângulo Mineiro.

 

 

“A pesquisa se iniciou em junho de 2024 e vai terminar em junho de 2027”, contou a antropóloga e advogada, Bruna Angotti, que trabalha no Projeto Consenso Prisional (2024-2027) do Departamento de Política e Estudos Internacionais, juntamente com os professores Willis e Loureiro.

 

Ainda conforme Angotti, o principal objetivo da pesquisa é responder as seguintes questões:


- Como e para que as prisões são vistas como solução?

- Quais são os limites desse acordo simbólico em diferentes escalas?

- Como as prisões são um produto e uma forma de governança no Brasil?

- Como aconteceram os processos históricos das prisões e o que as tornou necessárias no atual momento histórico do Brasil?



“Estamos realizando pesquisas empíricas rigorosas e multidisciplinares para examinar essa disjunção histórica e o que ela representa, com o objetivo de responder essas questões. É uma pesquisa de longo prazo. No momento, não tiramos conclusões, mas apenas colhemos informações”, adiantou a antropóloga e advogada, que preferiu ainda não passar maiores detalhes das primeiras informações colhidas por ela e outros dois pesquisadores.

 

 

“O projeto também visa dar uma contribuição distinta ao conhecimento acadêmico e político sobre as prisões e por que elas são importantes, examinando particularmente como e por que o Brasil construiu prisões exponencialmente desde 1990”, finalizou Angotti.