Falsa enfermeira, acusada de aplicar supostas vacinas contra a COVID-19 em BH, é ouvida pela Justiça -  (crédito: Reprodução)

Falsa enfermeira, acusada de aplicar supostas vacinas contra a COVID-19 em BH, é ouvida pela Justiça

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A mulher que se passou por enfermeira e aplicou supostas vacinas contra Covid-19 em março de 2021 foi ouvida nesta quarta-feira (4/9) em uma audiência de instrução realizada em Belo Horizonte. Em seu depoimento, ela negou os crimes e afirmou ter sido abandonada pelos verdadeiros responsáveis pelo esquema de vacinação.


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A cuidadora de idosos é acusada de criar uma organização criminosa para lucrar com as vacinas falsas. Ela foi flagrada por câmeras de segurança aplicando imunizantes na garagem de uma empresa de transporte localizada em BH. Na época, apenas idosos e profissionais da saúde poderiam se vacinar no país. 


 

Cerca de seis meses depois, a Polícia Federal (PF) concluiu que o grupo caiu em um golpe e que a substância aplicada não era um imunizante contra o coronavírus. A cuidadora chegou a ser presa e liberada.


A mulher alegou que sempre trabalhou como técnica de enfermagem para uma empresa de São Paulo do ramo de imunizações. Ela teria conhecido os empresários anos antes, nas campanhas de vacinação que eles contratavam da empresa de imunização, e, por isso, tinham o contato dela.


A cuidadora declarou que foi procurada pelos empresários para prestar o serviço de aplicação das vacinas e que, ao chegar nos locais determinados, as vacinas se encontravam em caixas térmicas. Ela alega que não sabia que eram supostas vacinas contra Covid-19 e que apenas as aplicava.


 

Ainda em depoimento, ela confirmou que aplicou as vacinas em empresas, condomínios e apartamentos como parte do serviço prestado à empresa de transportes. Entretanto, afirmou que os valores e pessoas que receberiam o suposto imunizante eram estabelecidos pelos donos da empresa. 


Ela declarou ainda que acreditava que os valores recebidos eram lícitos e que parte do valor que estava na conta seria destinado aos empresários que a contrataram. A cuidadora ainda negou a utilização da carteira falsa apresentada pela Polícia Federal.

 

O depoimento encerra a fase de instrução, na qual foram ouvidos todos os envolvidos: testemunhas de acusação e defesa e os acusados. Ao fim da sessão, foi requerido que o Banco Central informe a situação das contas bloqueadas dos réus. Assim que forem cumpridas as diligências, será aberto prazo de alegações finais. Em seguida, haverá análise do juiz. A sentença será publicada no Diário Judiciário Eletrônico.