Tentativa de resgate teria acontecido no Centro de Internação Provisória Dom Bosco, localizado na Região Leste de Belo Horizonte -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press (2014))

Tentativa de resgate teria acontecido no Centro de Internação Provisória Dom Bosco, localizado na Região Leste de Belo Horizonte

crédito: Leandro Couri/EM/D.A Press (2014)

Servidores do Centro de Internação Provisória Dom Bosco, no Bairro Santa Tereza, na Região Leste de Belo Horizonte, denunciam a tentativa de resgate de um menor infrator, o que teria ocorrido na tarde do último sábado (31/8). O Sindicato dos Agentes de Segurança Socioeducativos (Sindisemg) alega que a categoria se sente insegura por não possuir equipamentos adequados para lidar com eventuais tentativas de resgate ou fugas de menores infratores.

 

“Há informações robustas de que esse menor de idade tem envolvimento com o Comando Vermelho, e membros da facção é que fariam o resgate”, detalha José Alencar, vice-presidente do Sindisemg.

 

De acordo com o sindicato, a tentativa de resgate aconteceu pouco depois de o menor de idade ter recebido seu advogado. Os servidores da unidade, que recebe adolescentes em cumprimento de medida restritiva provisória, teriam notado uma movimentação estranha entre os outros detidos.

 

Em seguida, dois indivíduos tentaram entrar na unidade socioeducativa, alegando que estavam ali para fazer serviços de manutenção na unidade.

 

Servidores da unidade negaram a entrada dos suspeitos e acionaram a direção e o Centro Integrado de Comando e Controle Regional (CICCR), que dá suporte a todo o sistema penitenciário do estado. Também teria sido descoberto pelos agentes que o interno estava tendo acesso a redes sociais.

 

  

A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) disse que não houve qualquer tentativa de resgate no Centro de Internação Provisória Dom Bosco no último sábado e que não procede a informação de que o jovem teria acesso a redes sociais.

 

A explicação da Sejusp é rebatida pelo vice-presidente do sindicato, já que, segundo alega, o menor de idade envolvido na ocorrência teria sido transferido de unidade socioeducativa depois da tentativa de resgate. Além disso, viaturas das polícias Penal e Militar teriam sido enviadas para reforçar o patrulhamento nos arredores da unidade socioeducativa.

 

 

“O resgate só não se concretizou em razão da agilidade dos servidores”, defende Alencar.

 

Insegurança

 

Segundo a Sejusp, os agentes socioeducativos são os responsáveis por acompanhar os jovens em atividade escolares, esportivas, culturais e de profissionalização, e que não há policiais penais no local.

 

 

O sindicato alega que a categoria tem enfrentado falta de segurança durante o trabalho e que, se os suspeitos tivessem entrado na unidade prisional, a situação poderia ter saído de controle.

 

“O único equipamento que somos autorizados a utilizar, e com muitas condições, são algemas. Nem spray de pimenta podemos usar. Se tiver alguma rebelião, temos que sair no braço com os menores de idade e esperar ajuda da Polícia Militar”, explica.