Vítima era natural de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, e estava na capital mineira fazendo faculdade de odontologia. -  (crédito: PCMG / Divulgação)

Vítima era natural de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, e estava na capital mineira fazendo faculdade de odontologia.

crédito: PCMG / Divulgação

Um homem, de 18 anos, apontado como principal suspeito pela morte de uma mulher trans, de 22, em Belo Horizonte, foi indiciado por feminicídio nessa quarta-feira (4/9). O crime aconteceu na casa da vítima, no Bairro Caiçara, na Região Noroeste de Belo Horizonte, em 19 de abril deste ano. A jovem foi encontrada, por amigos do investigado, esfaqueada, dentro do banheiro do imóvel. 


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A vítima era natural de Campo Belo, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, e estava na capital mineira cursando faculdade de odontologia. As investigações apontaram que ela e o suspeito se conheceram nas redondezas da casa dela e, depois de um tempo, iniciaram o relacionamento. 


O delegado Lucas Nunes explica que, em um primeiro momento, houve a suspeita de que o crime teria sido um latrocínio, ou seja, roubo seguido de homicídio. No entanto, ao longo da investigação, a hipótese foi descartada, uma vez que foi constatado que a vítima havia permitido a entrada do autor. 


 

O suspeito foi preso em 9 de agosto deste ano. Ele não resistiu à prisão e confessou o homicídio, mas alegou que agiu em legítima defesa depois que a vítima teria tido um surto. 



Dinâmica do crime


No dia do crime, a estudante recebeu a visita de alguns adolescentes que moram em um abrigo a menores de idade da capital para uma confraternização. O grupo viveu com o namorado dela por um tempo, antes de ele completar 18 anos. 


Assim que eles saíram, a jovem foi até o banheiro. Nesse momento, por volta das 17h, vizinhos ouviram uma discussão. Mais tarde, cerca de uma hora depois, os adolescentes retornaram à residência da vítima, encontrando-a já sem vida.


 

Testemunhas relataram à polícia terem visto, no dia do crime, o suspeito com um comportamento agitado e portando duas facas. Ele também estava com marcas de arranhões no pescoço e o cabelo molhado, o que condizia com o relato sobre o chuveiro ligado na casa da vítima.


Nunes explica que as provas apontam que durante a discussão o homem se irritou com a namorada e desferiu os golpes.  “As testemunhas também indicaram o comportamento violento do suspeito, juntamente com ameaças prévias contra moradores do abrigo e sua tentativa de fugir do bairro após o crime”, contou o delegado Lucas Nunes.