Colégio Santo Agostinho fica localizado no Centro de BH -  (crédito: Alexandre Guzanshe/D.A Press)

Instituição informou que, desde o momento em que foi notificado sobre o caso, tem atuado junto às famílias e está apurando os fatos

crédito: Alexandre Guzanshe/D.A Press

Depois da repercussão da denúncia de bullying e agressões supostamente cometidas por alunos do ensino fundamental, o Colégio Santo Agostinho convocou os pais de alunos do 4º ano para uma reunião extraordinária nesta quinta-feira (12/9). Por meio de nota, a instituição de ensino negou as agressões e disse ter acionado o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) para acompanhar o caso.


 

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As agressões vieram à tona na última sexta-feira (6/9), após a mãe de um aluno de 9 anos relatar, nas redes sociais, que seu filho, vítima de chutes e joelhadas de colegas na escola, precisaria passar por uma cirurgia na região genital. Desde então, outras denúncias de bullying foram compartilhadas em grupos de pais, mencionando que as agressões ocorrem durante o intervalo das aulas do turno da tarde.


 

 

Procurado pela reportagem, o Colégio Santo Agostinho informou que, desde o momento em que foi notificado sobre o caso, tem atuado junto às famílias e está apurando os fatos. A instituição afirma ter entrado em contato com a família do aluno no mesmo dia em que tomou conhecimento da situação, e marcou uma reunião presencial na segunda-feira (9/9). “Ao tomarmos conhecimento sobre a citação do nome de outras crianças, acolhemos e realizamos a escuta qualificada delas e de suas respectivas famílias”, diz o texto.


 

 

Uma equipe multidisciplinar, composta por diretores, gestores, supervisores pedagógicos e professores, analisou as informações relatadas e revisou as imagens das câmeras de segurança instaladas nos espaços escolares. "Não foi constatada nenhuma ação que viole a integridade física e corporal de qualquer criança", informou a instituição. “[...] não foram encontradas evidências que configurem um ato de agressão intencional ou bullying. Também não foi identificada intencionalidade ou objetivo de agredir, perseguir, expor ou magoar qualquer criança”, completa a nota.

 

 


Além disso, o colégio acionou o Ministério Público para acompanhar o caso. “Não estamos minimizando o fato, compreendemos que cada criança pode ser afetada por uma situação de maneira particular, vamos continuar acolhendo todos os estudantes”, frisou o Santo Agostinho, reforçando seu repúdio a qualquer tipo de violência e destacando a existência de canais eficazes de combate ao bullying.

 

 

 

 

 

Denúncias 

As denúncias de bullying e agressões físicas vieram à tona após a mãe de um aluno de 9 anos relatar em redes sociais que seu filho, vítima de chutes e joelhadas, precisará passar por uma cirurgia genital, o que ela associa às supostas agressões cometidas por colegas da escola. Os pais da criança foram nesta quinta à Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA) para registrar o boletim de ocorrência, conforme informação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) repassada à reportagem.

 

 

"Os responsáveis foram orientados a contatar o Conselho Tutelar e a Defensoria Pública já que, por todos os envolvidos serem menores de 12 anos, não há responsabilização criminal, conforme previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)", diz a corporação.

 

 

Em seu relato, a mãe diz ter descoberto as agressões durante uma consulta de rotina com o pediatra, que apontou alterações em um dos testículos da criança e a necessidade de cirurgia. No mesmo dia, o menino teria sido visto chorando depois de apanhar na escola. Após a repercussão do caso nessa quarta-feira (11/9), o colégio informou que tentou diversas vezes entrar em contato com a família, tanto por telefone quanto presencialmente, ao longo do dia, para compartilhar os resultados das apurações, mas não obteve resposta.


 

Desde a descoberta do caso na semana passada, outras denúncias de bullying foram compartilhadas em grupos de pais, alegando que os ataques ocorrem durante o intervalo das aulas do turno da tarde. De acordo com os relatos, os incidentes acontecem há algum tempo, mas as vítimas demoraram a denunciar por medo.