Céu belo-horizontino em tons azul anil   -  (crédito: Leandro Couri / EM. /D.A.Press)

Céu belo-horizontino em tons azul anil

crédito: Leandro Couri / EM. /D.A.Press

A combinação da fumaça dos incêndios em vegetação em Belo Horizonte e região metropolitana com a poluição urbana e os baixos índices de umidade relativa do ar fizeram com que o céu amanhecesse esfumaçado e coberto de névoa seca em todos os dias da semana passada. Nos últimos dias, no entanto, o horizonte começou a ficar cada vez mais limpo e, nesta sexta-feira (13/9), o céu da capital mineira amanheceu da cor azul anil. 

 

 

 


 

O meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), Claudemir de Azevedo, explica que o motivo da limpeza é que houve um aumento da pressão atmosférica entre os dias 11 e 12 de setembro.

 

 


Essa condição vem acontecendo, principalmente, no período da noite e madrugada. “A diferença de pressão atmosférica faz com que tenhamos deslocamento do ar atmosférico de um ponto A a um ponto B e isso culmina com o aumento na magnitude do vento em superfície”, detalha o meteorologista do Inmet.

 


Com uma maior velocidade dos ventos em BH e na região metropolitana, a camada de poluentes que cobria o céu se dispersou, mesmo ainda tendo grande número de focos de incêndio em vegetações e Unidades de Conservação na região.

 

 

A qualidade do ar em Belo Horizonte também melhorou nesta semana se comparado aos dias anteriores. Na última quarta-feira (4/9) o ar ficou 9 vezes pior do que o recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), segundo dados da IQair. Nesta sexta, a qualidade ainda é considerada ruim para grupos sensíveis e cerca de 3,3 vezes pior que o recomendado.  

 

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Ao longo da tarde desta sexta-feira, o céu em BH e cidades próximas permanece claro com uma camada de névoa seca e umidade relativa do ar em torno de 15%, de acordo com a Defesa Civil. Nos próximos dias, Claudemir prevê que as nuvens devem estar de volta. No entanto, a capital mineira segue sem previsão de chuvas. Belo Horizonte já enfrenta a maior estiagem dos últimos 60 anos e hoje deve completar 147 dias sem chuva.