Alunos e professores do Centro Interescolar de Cultura, Arte, Linguagens e Tecnologias (Cicalt), localizado na Região Leste de BH, realizaram intervenção artístico-política para reivindicar melhorias no espaço. Entre as pautas defendidas na ação, que ocorreu nessa quinta-feira (12/9), estão reconhecimento, apoio do Governo de Minas, revitalização da escola, e a aquisição de materiais e equipamentos.
A ação foi realizada no campus da escola técnica, que faz parte da rede estadual e conta com cursos profissionalizantes em artes visuais, teatro, figurino cênico, dança, artes circenses, instrumento musical e canto.
A intervenção começou com uma marcha fúnebre, seguida de cortejo. Os participantes pintaram os rostos, tocaram instrumentos e brandiram cartazes para reivindicar as melhorias.
“Só queremos que nossas necessidades básicas sejam cumpridas: atendimento ao espaço, acessibilidade, melhoria e funcionamento das salas, dos prédios, horário e organização dos cursos. Alimentação, passagem… tudo isso foi feito e articulado para que continuemos a caminhada por uma educação pública de qualidade”, afirma Bruno Silva, docente do curso de Teatro e aluno do Curso Técnico em Circo.
Reivindicações
O objetivo era dialogar com os responsáveis pela gestão para discutir tópicos como elevadores estragados, que prejudicaria a mobilidade de alunos com deficiência, falta de divulgação da escola e falta de autogestão. “Não existe sequer uma placa de identificação no espaço e a comunidade do entorno sequer sabe que ali existe uma escola de artes profissionalizante gratuita”, afirmou a organização do movimento.
Ainda de acordo com a organização, a Secretaria de Estado de Educação de Minas (SEE) anunciou que em alguns cursos não serão ofertadas vagas para o próximo semestre devido ao nível de evasão escolar. O Estado de Minas entrou em contato com a SEE para confirmar se a informação procede, mas não obteve retorno até a publicação desta reportagem.
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“Sem assistência estudantil e sem extensão do passe livre da prefeitura para os alunos do curso técnico, a evasão é em grande parte por alunos que não têm dinheiro para a passagem”, argumentou a organização da intervenção no Cicalt.
Para Gabré Antonino Silva, artista e estudante do curso técnico em Teatro, é necessário criar um conselho ou comitê permanente para elaborar proposta específica de regulamentação de espaços de ensino técnico profissionalizante, como o Centro Interescolar de Cultura, Arte, Linguagens e Tecnologias.
O Estado de Minas entrou em contato com a SEE para pedir posicionamento sobre as questões reivindicadas, mas não obteve retorno. A reportagem será atualizada assim que a resposta for recebida.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Humberto Santos