As estiagens mais graves estão sendo registradas nas Regiões Central e Norte de Minas. Imagem ilustrativa -  (crédito: Beto Magalhães/EM/D.A Press - 21/1/15 )

As estiagens mais graves estão sendo registradas nas Regiões Central e Norte de Minas. Imagem ilustrativa

crédito: Beto Magalhães/EM/D.A Press - 21/1/15

A maior parte de Minas Gerais tem sofrido com a estiagem. Algumas das consequências da seca no estado são: cachoeira seca, racionamento de água e incêndios em grandes proporções. Neste fim de semana, ao menos cinco municípios mineiros devem atingir ou ultrapassar 160 dias sem chuvas. Por sua vez, BH deve completar seu 150º dia sem precipitações nesta segunda-feira (16/9). 

 


Pompéu, na Região Central, é o município há mais tempo sem chuvas: 163 dias completos nesta sexta-feira (13/9). No ranking de estiagem mais longeva, considerando esta sexta, estão Montalvânia, com 161; Montes Claros, 160; Januária, 159; São Romão, 158. Todos os municípios são do Norte de Minas e devem ficar ainda mais tempo sem chuvas.


De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), não há previsão de precipitação para a maior parte do estado, com exceção das regiões mais ao sul de Minas, próximas a São Paulo e ao Rio de Janeiro. 


O racionamento de água é uma das consequências da estiagem que atinge Minas. Nesta sexta, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) informou que nos municípios de Prata, no Triângulo Mineiro, e Lavras e São Gonçalo do Sapucaí, ambas no Sul do estado, será adotado abastecimento em sistema de rodízio


“O aumento da temperatura ambiente e a secura do ar percebidos nos últimos dias no estado de Minas Gerais estão afetando a disponibilidade de água nos mananciais utilizados como captação”, afirmou em nota a companhia. 


Outra consequência da estiagem é notada em Santa Cruz de Minas, na Região Central do estado. A Cachoeira do Bom Despacho, ponto turístico da região e parte da rota da Estrada Real, praticamente secou. 


Secretária-adjunta de Cultura e Turismo do município onde fica a cachoeira, Jesulaine Lopes conta que o nível da queda d'água estava diminuindo aos poucos desde o início do ano. Nessa quarta-feira (11/9), imagens registraram a cachoeira praticamente seca. “Este é o primeiro ano que a situação fica crítica. É triste ver os banhistas chegando e voltando devido à falta d'água. E o pouco de água que ficou está parada e suja”, conta Jesulaine.

 

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Em Minas, ao menos cinco porções hídricas estão em situação de escassez declarada pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). São elas: trechos das bacias do Rio das Velhas e do Rio da Prata; regiões a montante da estação Velho do Taipa, localizada no Rio Pará; estação Porto do Passarinho, localizada no Rio Abaeté; e estação Barra do Xopotó, localizada no Rio Xopotó.


“Historicamente, o regime hidrológico neste período do ano já é bastante preocupante. Além disso, ainda enfrentamos dificuldades em relação à ausência de planejamento e a ações de preservação ambiental, voltadas principalmente para nossos rios e mananciais”, avalia Poliana Valgas, presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH do Rio das Velhas).

 

*Estagiária sob supervisão do subeditor Thiago Prata