Belo Horizonte completa, neste domingo (15/9), 149 dias sem chuva. A última precipitação registrada na capital, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), foi em 19 de abril deste ano. A previsão é que a chuva retorne de forma significativa a Minas Gerais a partir da segunda quinzena de outubro, quando a massa de ar quente que atua na atmosfera perderá força.
No início da semana, há baixa possibilidade de chuva fraca e isolada no Sul de Minas Gerais. Isso ocorre porque uma frente fria formada no Sul do país, no Rio Grande do Sul, passará pelo litoral do sudeste brasileiro. Mesmo assim, o meteorologista Ruibran dos Reis afirma que o fenômeno não terá força para alcançar Minas em sua totalidade e perderá intensidade no Rio de Janeiro na terça-feira (17/9).
O especialista explica que, a partir do próximo fim de semana, entre os dias 20 e 21 de setembro, a probabilidade de precipitações aumentará nas regiões Sul, Oeste e Central do estado. Mesmo assim, Ruibran afirma que a probabilidade é baixa e que os episódios serão "bem isolados".
“A partir do dia 20 deste mês, começa a aumentar a probabilidade de chuvas isoladas devido aos reflexos da pressão atmosférica que deverá cair no litoral de São Paulo. Isso causará a convergência da umidade e pode desencadear as primeiras chuvas isoladas em Minas”, disse o meteorologista.
Este é o maior intervalo de dias consecutivos sem chuva na capital mineira desde 1963, quando foram registrados 198 dias, conforme dados do Inmet. Devido à massa de ar seco, 613 municípios mineiros estão em alerta para perigo potencial de baixa umidade. Durante o aviso, a umidade relativa do ar pode variar entre 20% e 30%.
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De acordo com a Defesa Civil de BH, às 14h, as regionais Oeste e Pampulha registraram umidade de 21%. Os índices são bem inferiores ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece uma umidade relativa do ar acima de 60% como adequada para a saúde humana.
Cuidados com a saúde
As condições atuais de seca, queimadas e altas temperaturas em boa parte do país levou o Ministério da Saúde a reforçar orientações para a proteção dos brasileiros. As recomendações para a população são: aumentar a ingestão de água e procurar locais frescos; evitar atividades físicas em áreas abertas; não ficar próximo dos focos de queimadas e procurar atendimento médico em caso de náuseas, vômitos, febres, falta de ar, tontura, confusão mental ou dores intensas de cabeça, no peito ou abdômen.
Neste sábado (14/9), a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia também ampliou recomendações à população dado o aumento das concentrações de poluentes no ar. O documento cita registros de poluição decorrentes de incêndios florestais na região Norte, principalmente nos estados do Amazonas, Rondônia e Acre; em todo Centro-Oeste, Sul e Sudeste.
A entidade explica que há aumento do risco de infecções respiratórias para os seguintes grupos: crianças de até 2 anos, idosos com 65 anos ou mais e pessoas com doenças metabólicas e cardiovasculares, e imunocomprometidas. Nesses casos, além da hidratação, é recomendável o uso de máscaras, se possível N95 ou PFF1, 2 ou 3, que são mais eficazes que as cirúrgicas; permanecer o maior tempo possível no interior das casas e com as janelas fechadas; além de evitar atividades físicas.
Pessoas sem comorbidades ou fora dos grupos considerados de risco devem evitar exercícios físicos ao ar livre e o tempo da atividade não deve exceder 30 minutos; os especialistas também recomendam uso de máscara em ambientes externos. Para melhorar o interior das residências, umidificar o ambiente com toalhas molhadas ou umidificadores e manter o local limpo. Sempre utilizar panos úmidos ou aspiradores para a limpeza e não vassouras.
*Com informações de Agência Brasil