o Estado de Minas foi à rodoviária da capital mineira para saber se a Rodoviária de BH melhorou depois que foi concedida à iniciativa privada -  (crédito: Leandro Couri/EM/D.A. Press.Brasil.MG.Belo Horizonte)

o Estado de Minas foi à rodoviária da capital mineira para saber se a Rodoviária de BH melhorou depois que foi concedida à iniciativa privada

crédito: Leandro Couri/EM/D.A. Press.Brasil.MG.Belo Horizonte

Neste mês, completam-se dois anos desde que o Terminal Rodoviário Governador Israel Pinheiro (Tergip), no Centro de Belo Horizonte, foi concedido à iniciativa privada. O Estado de Minas foi à rodoviária da capital mineira ouvir a opinião das pessoas e saber se o espaço melhorou desde que a Terminais BH assumiu a administração.

 


Gerente da rede de fast-food Giraffas, Andreza Leandra Ribeiro de Almeida trabalha na unidade da rodoviária desde 2019 e notou melhorias, para clientes e funcionários, nos últimos anos. "Aqui era muito vazio e estranho, até mais escuro. Agora, tem muito mais lugares para comer, tem bancadas. Sentimos que aumentou a clientela, e as reclamações diminuíram. O pessoal elogia bastante, fala da rodoviária de antigamente e a de agora”, conta a funcionária.


Em outra rede de fast-food no local, o Bob’s, a gerente Eliane de Oliveira também enfatiza pontos positivos ao longo do tempo. Responsável pela unidade desde a inauguração, em 2017, ela percebe que agora outras pessoas, além dos viajantes, vão à rodoviária para lanchar ou almoçar. A gerente associa essa maior procura ao aumento de opções para alimentação.

 

Eliane de Oliveira aponta melhorias

Eliane de Oliveira aponta melhorias

Leandro Couri/EM/D.A. Press.Brasil.MG.Belo Horizonte


“De sete anos para cá, teve melhorias superbacanas na rodoviária. Mudou muita coisa, meio que ‘da água para o vinho’. Por exemplo, (reformas nas) cadeiras e rede de wi-fi para usuários e nós, funcionários. A rodoviária antiga era 'um café e um pão de queijo'. Hoje tem como almoçar, fazer um bom lanche”, avalia Eliane.


Assim como os lojistas, os viajantes apontam melhorias, principalmente, em relação ao conforto gerado pelas reformas e à segurança, que foi reforçada. Para a passageira Ludmila Mendes, as mudanças são expressivas. Enquanto aguardava o embarque no ônibus para o aeroporto, a funcionária pública, que não frequentava o terminal há cerca de um ano, contou que se surpreendeu com a diferença.


No entanto, quando ela e o marido estavam prestes a embarcar, carregados de malas, Ludmila enfrentou uma dificuldade: um dos elevadores estava em manutenção. 

 


De acordo com a aposentada Maria do Nascimento, de 77 anos, os responsáveis pelo terminal ainda precisam olhar para idosos e pessoas com mobilidade reduzida com mais atenção. Ela se sente desassistida em alguns aspectos. 


No ano passado, Maria ficou presa no elevador e passou mal. Desde então, ela desce para o andar de desembarque pela escada, mas tem dificuldade em carregar as malas sozinha, além de não receber ajuda de nenhum funcionário.

 

Para Maria do Nascimento, o terminal ainda precisa olhar para idosos e pessoas com mobilidade reduzida com maior atenção

Para Maria do Nascimento, o terminal ainda precisa olhar para idosos e pessoas com mobilidade reduzida com maior atenção

Leandro Couri/EM/D.A. Press.Brasil.MG.Belo Horizonte


“Estou sempre aqui. Tem uns 50 anos que frequento a rodoviária. Melhorou bastante, tem mais ônibus e melhores. A praça de alimentação está muito boa. Sempre compro um lanchinho. A segurança precisa melhorar mais, principalmente para os idosos. É preciso mais proteção”, relata a moradora de Sete Lagoas, na Grande BH.


O terminal rodoviário da capital mineira conta com seis elevadores. Diante dos relatos de mau funcionamento, a Terminais BH diz que percebe o impacto que um com defeito pode ter e busca diminuir as ocorrências. 


A concessionária afirma que há um contrato de manutenção preventiva dos elevadores e canal direto para reparos. No entanto, algumas vezes, a troca de peças é necessária, o que faz com o que o tempo de conserto aumente. 

 


Além disso, a diretora executiva da Terminais BH diz que a empresa quer firmar um acordo de nível de serviço com a empresa dos elevadores, de forma que um prazo para manutenção seja estabelecido. Dessa forma, uma demora fora do estipulado pode ser penalizada com multa, por exemplo. 


Investimentos


De setembro de 2022 a agosto deste ano, mais de R$ 12 milhões foram investidos para melhorias da infraestrutura do terminal. Dentre elas, estão a reforma dos sanitários do hall (masculino e feminino) e a modernização do Centro de Controle Operacional, com ampliação no número de câmeras. 


Além disso, houve reforma nos equipamentos de sinalização viária, automatização dos quatro portões da área de embarque, substituição do piso tátil das áreas de embarque e desembarque, início da padronização das bilheterias (bilheterias 2 e 17), novas operadoras de ônibus que iniciaram sua operação no Tergip, obras de recuperação estrutural do Pátio Leste e de impermeabilização do Jardim Leste, que está sendo realizada atualmente, e a nova linha de energia.

 

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A concessionária cuida da estrutura e aluga o espaço para as empresas de transporte e de alimentação. Anteriormente, não existia praça de alimentação. Outros reparos e reformas foram feitas na tentativa de melhorar o conforto dos passageiros que aguardam suas viagens. No terceiro andar do terminal, o auditório, equipado para receber 150 pessoas, foi reformado para abranger eventos.


Quanto à segurança, atualmente, o local conta com 224 câmeras, 28 vigilantes e quatro supervisores de segurança. 


 *Estagiárias sob supervisão do subeditor Thiago Prata