Ao todo, 37 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além do sequestro de 17 imóveis e bloqueio de mais de 120 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas em operação da Polícia Civil -  (crédito: PCMG / Divulgação)

Ao todo, 37 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além do sequestro de 17 imóveis e bloqueio de mais de 120 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas em operação da Polícia Civil

crédito: PCMG / Divulgação

Onze pessoas foram presas de maneira preventiva durante operação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) que investiga crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa e agiotagem no Sul do estado. A ação foi deflagrada nas cidades de São Sebastião do Paraíso, Piumhi, Guaxupé e Guaranésia, na manhã desta quinta-feira (19/9). Além das prisões, cerca de R$ 60 milhões em bens utilizados nos crimes foram apreendidos. 


 

Ao todo, 37 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além do sequestro de 17 imóveis e bloqueio de mais de 120 contas bancárias de pessoas físicas e jurídicas. De acordo com a corporação, ainda foram apreendidos 75 veículos - sendo dois carros esportivos, outros três automóveis de luxo; 28 caminhonetes e outros veículos diversos. Os agentes também encontraram três armas de fogo, munições, dinheiro em espécie, cheques e joias. 


 

As investigações começaram em 2021, quando a Polícia Civil constatou o crescimento patrimonial desproporcional por parte de um grupo de empresários que atuam como lojistas de veículos populares e de luxo. Durante o inquérito policial, a Justiça autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal dos suspeitos, sendo constatado a incompatibilidade entre os ganhos lícitos declarados pelos investigados com o patrimônio milionário que ostentam.


 

Rafael Gomes, delegado que coordena a investigação, explica que alguns funcionários dos estabelecimentos foram identificados como supostos “laranjas” do grupo. Considerando veículos registrados em nome dos suspeitos, segundo a PCMG, o valor ultrapassa R$ 16 milhões, sendo grande parte deles registrados por outras pessoas.


 

“Eles possuíam veículos registrados em seus nomes que ultrapassam consideravelmente a capacidade de suas rendas, além da constatação de transações financeiras suspeitas entre os empresários, funcionários e alguns familiares. [...] Outro ponto de destaque das investigações demonstrou que diversas supostas vendas de veículos divulgadas pelos suspeitos foram simuladas, não ocorrendo de fato”, completou.

 

Crimes interestaduais


Os indícios colhidos pela Polícia Civil apontam que os investigados teriam recebido aportes financeiros que alavancaram os negócios. Os valores, conforme apontado pelas apurações, seriam de origem aparentemente ilícita.


 

Ainda de acordo com a corporação, as ações das empresas mineiras estariam ligadas a outros empreendimentos, do mesmo ramo, de Ribeirão Preto (SP), cujos responsáveis também são investigados. O quatro foi reforçado por relatórios expedidos pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que demonstraram vínculo financeiro entre os suspeitos.


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“O trabalho de hoje retrata o empenho e a qualidade técnica da Polícia Civil, sendo uma relevante resposta à sociedade e um sério golpe contra a criminalidade”, concluiu Gomes.


A operação Midas mobilizou mais de 150 policiais civis de todo o 18º Departamento de Polícia Civil em Poços de Caldas e contou com o apoio da Coordenação de Recursos Especiais (Core) e da Coordenação Aerotática (CAT) da PCMG.