A primeira audiência de instrução e julgamento do réu Marcelio Lima de Barros foi agendada. O homem é acusado de matar o funcionário da Concessionária Milla, localizada no Bairro Liberdade, região da Pampulha, em maio deste ano. A audiência será realizada no dia 26 de novembro, às 13h30, no Fórum do Barro Preto, na avenida Augusto de Lima.
Na data serão ouvidas as testemunhas indicadas pelas partes. Caso haja tempo, o réu também deve ser interrogado. De acordo com o Ministério Público, Marcelio Lima de Barros deve participar da audiência por videoconferência, pois está preso no Centro de Remanejamento Provisório de Betim.
O réu foi denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por homicídio cometido por motivo fútil, com recurso que dificultou a defesa da vítima e com perigo comum, já que o crime aconteceu em plena luz do dia e dentro de um comércio.
Marcelio Lima também foi denunciado por alterar identificação de arma de fogo. Isso porque o revólver usado no crime estava com numeração de série raspada.
Como tudo aconteceu?
Imagens de câmeras de segurança mostraram o momento em que Alexandre, funcionário da Concessionária Mila, foi baleado no dia 28 de maio. A vítima foi atingida por cinco disparos, sendo dois no rosto e três nas costas, e morreu. O crime aconteceu em plena luz do dia. Funcionários e clientes presenciaram o momento em que o suspeito invadiu a loja e efetuou os disparos.
O suspeito foi preso horas depois do crime enquanto fugia. Para a polícia militar, Marcelio Lima de Barros disse que em 2022 levou o seu carro até a concessionária para resolver um problema na “bomba d’água”. Na data, Alexandre teria passado um orçamento de R$ 3 mil para reparos. Mas, uma semana depois da manutenção, outro problema teria aparecido no veículo, depois de uma tempestade.
Ao procurar a vítima, Marcelio Lima teria alegado que foi tratado de maneira “grosseira e arrogante” e, por isso, resolveu procurar outro fornecedor de serviço, que lhe cobrou mais R$ 2.500.
O autor alegou que continuou revoltado com a situação, mesmo dois anos depois. Ainda em depoimento, o atirador afirmou que decidiu se vingar do funcionário depois que ficou desempregado e, por acreditar que a vítima teria estragado o seu veículo de propósito.
No entanto, em nota, o Grupo Líder, proprietário da Concessionária Mila, informou que o autor dos disparos nunca foi cliente da concessionária. “Desconhecemos qualquer episódio que envolva acordo comercial que não tenha seguido os protocolos e as normas da empresa que sempre prezam pela boa conduta. Desde o primeiro momento, os funcionários da concessionária que presenciaram o fato estão colaborando com as investigações.”
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A pistola usada no crime teria sido comprada pelo suspeito em 2001, em um clube de tiro no bairro Gutierrez, na Região Oeste da capital, por R$ 2 mil. O número de série da arma havia sido raspado 5 dias antes do crime, indicando premeditação. O homem também foi autuado por porte ilegal de armas.
*Estagiária sob a supervisão do subeditor Humberto Santos