Após quase um ano fechada para reformas, a Praça da Estação, no Centro de Belo Horizonte, está na reta final das obras e a previsão é que seja reaberta na manhã desta quinta-feira (26/9), informou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH). Entre as intervenções realizadas no espaço está a instalação de balizas de concreto para limitar o tráfego de veículos - como foi justificado pela prefeitura no início da reforma, o trânsito inadequado de veículos sobre a praça danificou trechos do local.
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Em nota, a PBH informou que a reforma da Praça da Estação incluiu a manutenção das fontes luminosas interativas, a troca de pisos, canaletas e grelhas danificadas e a recuperação e instalação de bancos e lixeiras. Para coibir o acesso de veículos, como caminhões, guindastes e viaturas, no interior da praça, foram instaladas balizas de concreto revestidas em aço inox.
As fontes de água foram reconstruídas, informou a PBH, com dois tipos de aspersores: um de névoa, que serve para avisar quem estiver em cima da fonte que em seguida virá o segundo tipo, de jato de água.
As obras de reforma da Praça da Estação, também chamada de Praça Rui Barbosa, começaram em 18 de outubro do ano passado, e o custo estimado era de R$ 8,1 milhões, com recursos próprios da prefeitura. O espaço é um dos mais importantes da cidade por receber grandes eventos com frequência, além de ter sido fundamental na história de Belo Horizonte. Ali era o ponto de chegada, por trens, dos materiais e equipamentos utilizados na construção da cidade, inaugurada em 1897.
Durante os 343 que esteve fechada, a Praça da Estação deixou de receber blocos de carnaval, em fevereiro, a concentração da Parada do Orgulho LGBTQIAP+ e os desfiles do Arraial de Belo Horizonte, ambos em julho - eventos que tradicionalmente acontecem no local e que precisaram ser transferidos.
Mudanças
As intervenções fazem parte do “Centro de Todo Mundo”, programa de requalificação da região central da cidade. Na semana passada, uma das frentes de trabalho do programa foi entregue para a população: o calçadão da Rua Sapucaí, entre a Avenida Assis Chateaubriand e a Rua Tabaiares, no Bairro Floresta, um dos locais mais movimentados da vida noturna belo-horizontina. No último final de semana, o Estado de Minas conversou com comerciantes e frequentadores da Rua Sapucaí, que aprovaram a intervenção.
Os trabalhos de requalificação seguem em outros pontos do Centro, como na reforma da Praça Rio Branco, conhecida como Praça da Rodoviária, da Praça do Papa, no Bairro Mangabeiras, e na reconstrução da Praça da Independência, entre os edifícios Sulacap e Sulamérica.
As intervenções do “Centro de Todo Mundo” também incluem projetos de mobilidade, como a construção de faixas exclusivas na Avenida do Contorno, Avenida dos Andradas e Avenida Augusto de Lima –todas já entregues.
O maior pacote de transformações, na Avenida Afonso Pena, está com as obras paradas desde abril. A via receberia um corredor de faixas exclusivas de ônibus no lado direito e uma ciclovia no canteiro central. Contudo, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu à Justiça a suspensão das obras até que a prefeitura apresentasse o licenciamento urbanístico para as intervenções. Uma ação civil foi aberta para tratar sobre a obra, e a PBH optou por paralisar os trabalhos até que o processo fosse encerrado. A atualização mais recente do caso foi em julho, quando o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) acatou o pedido de suspensão.