Operação do Ministério Público mira as principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho em Minas -  (crédito: MPMG/Divulgação)

Operação do Ministério Público mira as principais lideranças da facção criminosa Comando Vermelho em Minas

crédito: MPMG/Divulgação

As principais lideranças do grupo criminoso Comando Vermelho em Minas Gerais são alvo de operação do Ministério Público, na manhã desta quinta-feira (26/9).


Estão sendo cumpridos sete mandados de prisão preventiva, inclusive do líder da facção no estado, e 12 mandados de busca e apreensão nas cidades mineiras de Muriaé, Juiz de Fora e Cataguases, e no Rio de Janeiro.

 


A ação foi desencadeada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) Regional de Visconde do Rio Branco, com o apoio do Gaeco de Juiz de Fora, do Gaeco do Rio de Janeiro, Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI) do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Promotoria de Justiça de Execuções Penais de Muriaé e Polícia Militar do Estado de Minas Gerais.

 

 

Sete pessoas foram denunciadas pelos crimes de organização criminosa armada, corrupção ativa e ingresso, promoção ou facilitação de ingresso de aparelhos celulares em estabelecimento prisional.

 

 

Núcleos da facção em Minas

 

Segundo o MPMG, a investigação apontou a existência de pelo menos quatro núcleos do Comando Vermelho em Minas, que agiam, inclusive, no interior de estabelecimentos penais do estado e do Rio de Janeiro. Veja quais:

 

Núcleo de liderança: composto pelos líderes da organização, responsáveis pela tomada de decisões estratégicas das atividades ilícitas, pela cooptação de funcionários públicos e pela coordenação direta ou por interposta pessoa dos demais integrantes do grupo criminoso no estado de Minas Gerais.

 

 

Núcleo gerencial: constituído por familiares e pessoas de confiança dos líderes do grupo, que têm a função de coordenar setores específicos da organização, como a logística financeira e a gestão dos recursos humanos e materiais necessários à execução de ordens emanadas de dentro das prisões.

 

Núcleo corrupção: formado por agentes públicos, os quais são responsáveis por dar suporte às atividades criminosas do grupo, incluindo o fornecimento de recursos para viabilizar a entrada de ilícitos na Penitenciária de Muriaé, mediante o recebimento de propinas e vantagens indevidas.

 

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Núcleo operacional e “disciplina”: constituído por faccionados responsáveis por executar diretamente as atividades criminosas, como a distribuição de drogas, a execução de atos de violência e intimidação, além de outras ações necessárias para a manutenção das operações ilícitas da facção, sendo peça fundamental para a expansão e a manutenção da organização criminosa na Zona da Mata mineira, inclusive com o recrutamento de novos membros.

 

As diligências ainda estão em andamento e mais detalhes serão dados no decorrer do dia de hoje.