Pai da vítima afirmou que desde as agressões e o abuso sexual a criança tem recebido atendimento profissional mas que, mesmo assim, não está bem -  (crédito: TV Alterosa / Reprodução)

Pai da vítima afirmou que desde as agressões e o abuso sexual a criança tem recebido atendimento profissional mas que, mesmo assim, não está bem

crédito: TV Alterosa / Reprodução

Uma criança de 11 anos com microcefalia foi estuprada e espancada por dois colegas, de 11 e 12 anos, no banheiro da Escola Municipal Eloy Heraldo Lima, no Bairro Vale do Jatobá, no Barreiro, em Belo Horizonte. O crime aconteceu em 13 de setembro, mas a família da vítima só soube dos fatos três dias depois, quando o menino decidiu contar para a mãe. À Polícia Militar, os suspeitos confessaram o abuso.

 



 

As agressões aconteceram logo após o recreio. A vítima contou que os dois colegas o trancaram dentro do banheiro e bateram nele. Em seguida, os garotos teriam abaixado sua calça e o estuprado. Ainda segundo o menino, depois do assédio, ele desmaiou. 


 

O garoto foi levado para o posto de saúde na última quinta-feira (19/9) e, em seguida, encaminhado para o Hospital Júlia Kubitschek, onde foi atendido. Na unidade de saúde, ele foi examinado e passou por exames. 


 

Conforme o registro policial, na sexta-feira (20/9), a família da vítima e dos suspeitos se reuniram na escola. Na ocasião, os dois colegas de turma, apesar de inicialmente terem negado os fatos, confessaram que depois do recreio foram para o banheiro e agrediram o menino. 


 

Na presença da mãe, um deles contou que deu socos no peito, cabeça e rosto da vítima. Os garotos relataram que cometeram os crimes porque o menino implicava com ele e xingava a mãe dele. 

 

Sofrimento 

O pai da vítima afirma que, desde o crime, o filho está com o psicológico bastante afetado. Em entrevista à TV Alterosa, o homem afirmou que a criança tem recebido atendimento profissional mas que, mesmo assim, não está bem. 


“A família também não está bem, estamos sofrendo demais. Eu que sou pai estou sofrendo também. A mãe está sofrendo mais ainda porque é mãe. A gente está assim, à mercê. Não sabemos o que temos que fazer para poder amenizar um pouco esse sofrimento nosso”, desabafou o pai. 


 

A família alega que, para além da violência sofrida pelo caçula, também tem enfrentado dificuldades em receber apoio da escola. Eles afirmam que, em um primeiro momento, a instituição teria informado que não poderia tomar as devidas providências e que isso ficaria a cargo do Conselho Tutelar. “As crianças continuam lá e quem foi prejudicado foi só o meu irmão mesmo”, conta a irmã da vítima. 


Indignados, pais de alunos marcaram uma manifestação para esta sexta-feira (27/9). O ato está agendado para começar às 10h30, em frente à escola. 

 

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A reportagem procurou a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para saber quais medidas estão sendo tomadas para apurar o caso, mas até a publicação desta matéria não obteve retorno. Por meio de nota, a Polícia Civil de Minas Gerais informo que foi instaurado procedimento para apurar a conduta dos jovens. "A investigação está em andamento na Delegacia Especializada em Apuração de Ato Infracional em Belo Horizonte", informou a corporação.