Luciano Farah em julgamento -  (crédito: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press)

Luciano Farah em julgamento

crédito: Paulo Filgueiras/EM/D.A.Press

O empresário Luciano Farah, condenado pelo assassinato do promotor de Justiça Francisco Lins em 2002, foi preso nesta sexta-feira (27/9) condenado pela morte de um entregador. O crime aconteceu 10 dias antes do homicídio de Lins.

 

 

Segundo o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o mandado foi emitido no dia 13 de setembro e, desde então, começaram as buscas por Luciano. Ele foi abordado em um veículo de luxo em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

 

O requerimento da prisão foi feito pela Procuradoria de Justiça com Atuação nos Tribunais Superiores (PJTS) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e o mandado expedido pela Vara do Tribunal do Júri de Contagem.

 

Em março deste ano, o empresário chegou a ser preso pelo mesmo crime. Na época, o mandado de prisão foi cumprido pela Polícia Civil e Farah foi encaminhado ao sistema prisional de Nova Lima. Ele foi liberado quatro dias depois, com direito a recorrer da sentença em liberdade.

 

 

Relembre o caso

Luciano Farah foi condenado a 21 anos e seis pelo assassinato do promotor do Ministério de Público de Minas Gerais (MPMG) em 2002. Chico Lins, como era chamado por colegas e amigos, foi morto em razão das investigações que comandava para combater a adulteração de combustíveis em Belo Horizonte e na Região Metropolitana.

 

O crime aconteceu no dia 25 de janeiro de 2002 na Região Centro-Sul da capital mineira, quando ele estava a caminho do trabalho. Ao parar no semáforo da Rua Joaquim Murtinho com a Avenida Prudente de Morais, no Bairro Santo Antônio, o carro do promotor foi emparelhado por uma moto com dois passageiros. A motocicleta avançou e o condutor deu a ordem ao carona: “Atira!”. Mais de dez tiros atingiram o promotor, que morreu na hora.

 

Luciano Farah Nascimento, que conduzia a moto, foi apontado como o mandante do crime. Ele era proprietário de uma rede de postos suspeita de adulterar combustíveis. Na época, essa rede tinha sido proibida, pelo promotor de Justiça, de revender gasolina depois de constatado que o produto era adulterado. A empresa também estaria sonegando impostos à Receita Estadual. O atirador era o soldado Édson Souza Nogueira de Paula.


A reportagem tentou contato com a defesa de Luciano Farah, mas não conseguiu localizá-la. O espaço segue aberto.