Incêndio atingiu a mata da Unidade de Conservação Estação Ecológica do Cercadinho, na Região Oeste de Belo Horizonte -  (crédito: Leandro Couri / EM / D.A Press)

Incêndio atingiu a mata da Unidade de Conservação Estação Ecológica do Cercadinho, na Região Oeste de Belo Horizonte

crédito: Leandro Couri / EM / D.A Press

O incêndio que atingiu grande parte da mata da Unidade de Conservação Estação Ecológica do Cercadinho, no Bairro Estoril, na Região Oeste de Belo Horizonte, já completou 24 horas. As chamas começaram na noite desse domingo (29/9) e, até a noite desta segunda-feira (30/9), a área ainda estava sendo monitorada pelo Corpo de Bombeiros e brigadistas da Copasa. As chamas ameaçaram casas e a Clínica de Transição Suntor, da rede Paulo de Tarso.


 

Durante a manhã, a queimada foi controlada, mas, por volta das 13h, os bombeiros foram acionados novamente para atuar na reignição de um dos focos. Segundo a corporação, até as 19h20, a situação no local estava sob controle, com fumaça em parte da mata fechada. O fogo, que estava concentrado em um local de difícil acesso, está sendo monitorado.


 

“Brigadistas da Copasa estão apoiando o CBMMG (Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais) no monitoramento da área. Ao amanhecer, equipes irão retornar ao local para avaliar a área queimada”, informou a sala de imprensa da corporação.

 

Segundo pessoas que residem próximo à mata, o incêndio teve início logo após um show pirotécnico realizado por uma casa de shows que fica nas proximidades, por volta das 19h30. Uma equipe de brigadistas segue no local fazendo o rescaldo e monitorando a área, uma vez que pequenos focos ainda voltam a aparecer.


 

Em nota, a boate afirmou que utiliza apenas fogos de artifício frios, que não possuem chama aberta e operam em temperaturas muito baixas. Conforme a empresa, os artefatos “são seguros” e não liberam faíscas ou calor suficiente para causar incêndios, sendo amplamente utilizados em ambientes fechados justamente por sua segurança. O empreendimento informou que está colaborando com as investigações e analisando imagens de câmeras de segurança para ajudar a solucionar o ocorrido.


Pacientes realocados 


Ana Carolina de Souza, presidente da rede Paulo de Tarso, afirma que, assim que o fogo começou, a diretoria do hospital foi acionada e brigadistas deram início ao combate às chamas. Extintores e água do sistema hidráulico da clínica foram usados até a chegada dos bombeiros.


 

A fumaça tomou conta do estacionamento do hospital, e os pacientes que estavam em quartos mais próximos à mata em chamas tiveram que ser realocados para outra ala. Além disso, a instituição conta com suprimentos de oxigênio que ficam estocados na área próxima à mata, de forma que havia risco de explosão, por se tratar de um gás inflamável.


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“Ficamos bem preocupados, uma vez que grande parte dos nossos pacientes está em cuidados paliativos e tem problemas respiratórios. Nós, felizmente, tínhamos leitos vazios, e, para que não houvesse nenhum dano à saúde deles, fizemos alguns remanejamentos. Isso não trouxe nenhum transtorno para os pacientes, mas poderia ter causado uma repercussão muito grande”, declara Souza.