Uma árvore de ipê-branco floresceu na esquina entre as Avenidas Afonso Pena e Getúlio Vargas, no bairro Funcionários, região Centro-Sul de Belo Horizonte. A copa cheia de flores da árvore nativa surpreendeu quem saiu para trabalhar na manhã desta segunda-feira (2/9).  

 


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A árvore que simboliza a cidade também é conhecida pelas flores amarelas e rosas, que aparecem normalmente ao longo do outono e do inverno, colorindo as ruas belo-horizontinas. Este ano, os espécimes floresceram mais tarde. A causa para a demora está ligada à onda de calor que a capital enfrentou desde o começo do ano. 

 




 

Edinilson Santos, engenheiro florestal da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, explica que o descontrole climático nas grandes cidades tem sido cada vez mais intenso e isso tende a alterar os ciclos das árvores, como a polinização e a floração. "Os ipês demorarem a florescer não é o fim do mundo, mas pode ser visto como um sinal de mudanças climáticas", aponta.

 


Os ipês brancos são chamados de "noivas da cidade" devido à cor de suas flores, e há 2.493 deles espalhados pela cidade. No total, a capital tem quase 29 mil ipês, segundo dados mais recentes da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. São árvores de 9 espécies diferentes, com origens de várias partes do mundo, cada uma com sua cor única.

 


 

 

Os mais comuns são os ipês rosa, com 9.768 árvores. Em seguida vêm os tabacos, também chamados de ipê-felpudo, com 6.054 exemplares. Os ipês-amarelos somam 4.034 árvores na cidade. Essa espécie, inclusive, é considerada a Flor Nacional do Brasil desde um decreto de 1961, assinado pelo então presidente Jânio Quadros. Um dos motivos para esta nomeação é porque as flores amarelas, ao caírem, dividem espaço no chão com a grama verde, e as duas cores, juntas, estão presentes na bandeira nacional.


 

Na sequência da lista estão os ipês-roxos, que abrem a temporada de floração, com 2.678 árvores. Em seguida vêm os ipês-mirins (2.491), os sete-folhas (906) e os ipês-do-cerrado (147). Os mais raros são os ipês verdes, com apenas 24 árvores em toda a cidade. Além de serem poucos, a tonalidade de suas flores se misturam às folhas de outras vegetações, o que dificulta a identificação da espécie. 

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