O dia será de muito calor em Minas Gerais nesta quinta-feira. Em pleno inverno, o estado segue sob alerta para onda de calor, que causa o aumento de 5°C da temperatura média de um local por, pelo menos, três dias consecutivos.

 

 

De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), algumas regiões do estado podem marcar 40°C nesta quinta (5/9) devido a condição climática. As regiões do Triângulo, Alto Paranaíba, Norte e Noroeste são as mais afetadas, as demais podem registrar até 34°C nesta quarta.

 

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O calorão é acompanhado por uma forte estiagem, que deixa os índices de umidade relativa do ar em níveis críticos, principalmente à tarde. Segundo o Inmet, há um alerta para baixa umidade, que deve ficar em torno de 12%, índice comparado ao clima de deserto. A Organização Mundial da Saúde considera esse nível como emergencial, já que pode causar riscos à saúde.

 



 

De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, não há previsão de chuva para Minas Gerais até a segunda quinzena de setembro. Ela explica que, caso chova ainda neste mês, será depois do dia 15, e que, mesmo assim, a possibilidade de precipitação é baixa neste cenário de seca. Historicamente, as chuvas no mês ocorrem na transição entre estações, marcando o final do inverno e início da primavera.

 

“Não há perspectiva de mudança. A umidade relativa do ar continua abaixo dos 30% em todo o estado, exceto na sexta-feira (6/9), que a umidade aumenta no centro-leste mineiro. Perspectiva de chuva apenas para a segunda quinzena [do mês]. Por enquanto, nenhuma chance de chuva em nenhuma região do estado”, afirma a especialista.

 

Belo Horizonte

 

 

De acordo com a Defesa Civil de BH, o dia será de céu claro com altas temperaturas à tarde nesta quarta. A temperatura mínima registrada foi de 18ºC e a máxima pode chegar a 35ºC, mais alta do que a dessa quarta (4), que foi de 33,9°C e de terça (3), a maior de 2024 (34,4ºC). Já a umidade relativa do ar fica em torno de 10%, em estado de alerta. A situação é agravada pela falta de chuva, que marca 140 dias nesta quinta.

 

 

Há alguns dias, moradores e visitantes da capital mineira se deparam com um céu cinza, encoberto por uma névoa seca que tem prejudicado a saúde respiratória de algumas pessoas. A condição do céu, no entanto, é composta por vários fatores e é agravada pela falta de chuva.

 

De acordo com a meteorologista Anete Fernandes, o nevoeiro observado em diferentes localidades da cidade é composto por três componentes: poluição, fumaça das várias queimadas na Região Metropolitana de BH e a própria névoa seca, típica do inverno. A condição é agravada pela inversão térmica, também comum nessa estação.

 

 

“A inversão térmica é uma característica do nosso inverno e o efeito ótico é esta camada concentrada, quando você olha na linha do horizonte e parece que toda a sujeira está entre a superfície e o primeiro quilômetro da atmosfera. A inversão térmica é restrita a um horário, normalmente entre o fim da tarde e o início da manhã e não é uma condição que persiste o dia todo”, explica a especialista.

 

A condição climática se trata da queda de temperatura na atmosfera. A cada 100 metros acima, a temperatura cai 0,6ºC, mas também forma uma onda de calor, que fica estacionada entre 500 e 600 metros do chão. A inversão térmica funciona como um “tampão” e retém a poluição na superfície gerando a fumaça observada pelos belo-horizontinos.

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