No Dia do Sexo, comemorado nesta sexta-feira (6/9), vibradores e preservativos serão distribuídos gratuitamente em cinco locais de Belo Horizonte. A iniciativa é da A Sós, marca de saúde íntima.


Para a empresa, a efeméride é a ocasião perfeita para colocar questões de saúde sexual em pauta. A intenção da campanha é aproximar as pessoas do assunto e quebrar barreiras e tabus.


“Queremos ser apoio na conscientização sobre a sexualidade, ser referência quando surgir dúvidas, medos, receios ou inseguranças e estar presente para dar o suporte para a comunidade”, diz Juliana Tardelli, gerente de relacionamento e comunidades d'A Sós.

 



 

Serão cinco pontos de distribuição: Praça Sete, Praça da Liberdade, Mercado Novo e Rua Sapucaí. Além do Congresso Brasileiro de Sexualidade Humana, que acontece a partir desta sexta no Centro de Convenções da Associação Médica de Minas Gerais.

 

Tabu

 

Professora de sociologia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Nina Rosas explica que por muito tempo o sexo foi demonizado. "Antes dos métodos contraceptivos, o sexo estava nesse lugar do tabu, do proibido ou da prostituição. O único caminho para 'pessoas de bem' era associar esse sexo à reprodução das mulheres dentro do casamento”, ela diz. 

 

 

A docente também explica que o sexo foi utilizado como fator de segregação social. “Quem são, tradicionalmente, as pessoas que ocupam o lugar do sexo livre, por prazer, mas que foram julgadas por uma posição social extremamente vulnerável? As prostitutas. O sexo foi historicamente construído a partir dessa interdição, de um lado a religião e do outro essa negação de mulheres repudiadas e empurradas para esse lugar".

 

Nina Rosas defende que falar sobre sexo é sobre limites do corpo e, sobretudo, vontades. 

 

*Estagiárias sob supervisão do subeditor Thiago Prata

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