As estátuas de Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez, situadas no Parque Municipal Américo Renné Giannetti, e o Carranca, no Edifício Acaiaca, ambas no Centro de Belo Horizonte, receberam máscaras em montagens realizadas por internautas. A ação foi feita em protesto contra a situação do ar da capital mineira, que se encontra em nível de insalubridade segundo monitoramento, e repercutiu nas redes sociais.

 

O perfil Foto de Rua BH publicou, nessa quarta-feira (4/9), a foto do Carranca com uma máscara respiratória, fazendo referência à condição do ar da capital mineira. Desde o final da última semana, moradores têm observado a péssima qualidade do ar, repleto de fumaça pelas queimadas em vegetação na região Metropolitana, poluição e baixo índice de umidade relativa do ar. O resultado é um clima pior do que o desértico, além de deixar a cidade com uma névoa seca e cinza em toda a cidade.

 



 

“Os moradores da capital mineira foram recebidos por uma neblina espessa nesta manhã, originada de um incêndio florestal nas proximidades que se intensificou devido aos ventos fortes. As autoridades, já sobrecarregadas com a crise, foram pegas de surpresa ao perceberem que a famosa carranca do Acaiaca, uma escultura que há décadas assiste a cidade de seu alto posto, estava claramente incomodada com a situação”, ironiza a publicação.

 

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Nos comentários, diversas pessoas elogiaram a criatividade da publicação e teceram críticas à situação atual do município. “Muito criativo, porém, triste presenciar e termos que conviver com a cidade tão cinza! A natureza chora!”, comentou uma mulher. “Muito criativo, parabéns!! Para nós a situação segue cada vez pior”, comentou outra. “Meu Deus, nunca vi algo parecido em BH como nos últimos tempos”, lamentou um internauta.

 

 

Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez

 

Na tarde de ontem, foi a vez do perfil mascarar as estátuas das escritoras Carolina Maria de Jesus e Lélia Gonzalez, no Parque Municipal. Com a repercussão positiva da montagem anterior, os artistas aproveitaram para protestar, mais uma vez, contra os perigos crescentes do ar contaminado na cidade.

 

 

“O gesto irreverente serve como um lembrete gritante dos riscos que a poluição representa para todos – e não apenas para os cidadãos vivos. A ironia não passou despercebida, e o Parque Municipal agora se tornou um novo ponto de protesto que mistura arte e ativismo ambiental”, diz a publicação.

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