Já imaginou dar uma volta pelo aeroporto e se deparar com uma piscina? Pois é, no Aeroporto da Pampulha, em Belo Horizonte, uma piscina de 18 mil litros está sendo montada. Embora pareça uma novidade curiosa, a piscina está lá por um motivo sério: ajudar no combate aos incêndios que têm devastado a vegetação na Grande BH.

 

 

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Nos últimos 10 dias, o aeroporto tem visto um movimento intenso, com cerca de 70 pousos e decolagens de aeronaves AirTractor, especializadas no combate a incêndios. Esses voos são contratados pelo governo de Minas Gerais em parceria com o Instituto Estadual de Floresta (IEF). Cada uma das aeronaves carrega cerca de 1.800 litros de água por vez, e com quatro em operação, são despejados aproximadamente 7.200 litros de água para controlar as chamas durante a estiagem.


 

A piscina, posicionada ao lado do pátio das aeronaves, vai facilitar o reabastecimento rápido dessas máquinas. Embora a CCR Aeroportos, concessionária que administra o aeroporto, não tenha dado detalhes exatos sobre a instalação da estrutura, a ideia é posicionar a estrutura estrategicamente para facilitar e agilizar as operações.

 

 




Tudo é feito dentro das normas de segurança, adianta a concessionária. “Também facilitamos o abastecimento das aeronaves por uma empresa externa, sem custo adicional para o aeroporto. Estamos comprometidos em oferecer todo o suporte necessário dentro das normas de segurança para agilizar o processo”, afirma Fabiano Reis, gerente do Aeroporto da Pampulha.


Minas em chamas


Em meio ao calor e tempo seco, os chamados para o Corpo de Bombeiros dispararam em Minas Gerais. Em agosto, somaram-se 5.935 incêndios em vegetação, número que representa um aumento de 79,9% em relação ao mês de julho. Com a virada do mês, o drama ainda se alastra em várias regiões. 


 

Desde o início da semana, a corporação enfrentou quase mil incêndios florestais em todo o estado. Dados de queimadas monitorados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) indicam que o estado registra o maior número de focos em 13 anos. Até agora, foram contabilizados 6.191 focos de incêndio em vegetação em 2024, o maior índice desde 2011, quando foram detectados 4.423 focos pelo satélite da entidade.

 

 

A situação, que historicamente já se agrava em agosto, é ainda mais preocupante devido aos alertas de alta temperatura e baixa umidade emitidos pelo Instituto Nacional de Meteorologia. A principal causa desses incêndios continua sendo a ação humana, seja por descuido, como o descarte imprudente de cigarros, ou por atos intencionais.

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