Um incêndio de grandes proporções atingiu uma área de vegetação próxima a casas no Bairro Borba Gato, em Sabará, na Grande BH. O início das chamas aconteceu ainda no sábado (7/9), mas a fumaça permanece até a tarde deste domingo (8/9) na região. Moradores relataram ao Estado de Minas preocupação em relação às casas e à saúde, já que a qualidade do ar no local piora com as queimadas.


De acordo com o Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG), o incêndio teve início em uma área particular ainda no sábado, por volta das 13h42, mas a cabeça do fogo foi controlada rapidamente. As chamas que chegavam próximo às casas foram apagadas com mangueira e uma outra região de difícil acesso teve fogo reduzido pelo efeito do entardecer, que fez com que o incêndio perdesse força.

 

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O incêndio foi deixado sem focos ativos, mas com muitos pontos de brasa, que continuam soltando fumaça na tarde deste domingo. De acordo com moradores, incêndios na região são comuns nesta época do ano, mas nunca tinham apresentado um risco tão grande.

 

Juarez Mayrink está usando máscara e diz que o ar está "fumaça pura"

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press


“Os bombeiros estiveram ontem, estiveram hoje, porque o fogo chegou muito perto das casas. Esse fogo vem lá de Ravena (distrito de Sabará). No ano passado queimou tudo aqui também, no ano retrasado, mas nunca tinha chegado tão perto”, declarou Juarez Mayrink, de 75 anos, morador de uma das casas da região. Ele usa uma máscara e afirma que o ar “é fumaça pura”.


 

Uma outra moradora, Emanuella Vitória Ramos Amorim, de 20 anos, relatou momentos de tensão na tarde de ontem. Ela e o irmão estavam em casa quando o fogo começou a se aproximar das casas e tentaram reduzir os danos jogando água no muro com uma mangueira e retirando ramos secos de folhas.


“Os bombeiros estavam aqui tentando apagar o incêndio, mas a água acabou e o fogo veio para cima da gente, chegou até aqui na porta de casa. Eles tiveram que voltar para pegar mais água, mas se tivessem chegado um minuto depois, minha casa tinha pegado fogo”, relatou ela.


Emanuella Vitória Ramos Amorim contou que o fogo encostou no muro de sua casa

Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press

 

Emanuella e sua mãe têm asma e a fumaça dificulta a respiração, agravando o quadro de saúde. A jovem afirmou que preferiu ficar em casa para “ficar de olho” no fogo, caso ele retornasse, enquanto arrumava a casa com o irmão. A mãe só retornou hoje, quando já não havia foco de incêndio e a fumaça já estava um pouco mais reduzida.


 

“Mas temos que agradecer aos bombeiros pela força, foram excelentes profissionais”, completou ela.


De acordo com o CBMMG, cerca de oito mil litros de água foram utilizados no combate às chamas na região.

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