O ficus incendiado no domingo (8/9) na Praça Afonso Arinos, no Centro de BH, levará cerca de um mês para ser cortado. Segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a supressão da árvore é necessária, pois sua estrutura ficou comprometida e há risco iminente de queda. Devido às chamas, o ficus ficou com o interior oco. A suspeita é de que o incêndio tenha sido provocado por um morador de rua.

 

 

As chamas duraram cerca de 12 horas, tendo sido apagadas somente na manhã desta segunda-feira (9) após ação do Corpo de Bombeiros e de técnicos da prefeitura. Um laudo feito pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente, pela Subsecretaria de Zeladoria e pela Defesa Civil apontou para risco iminente de queda da árvore e, ainda pela manhã, foi iniciado o corte. A Avenida João Pinheiro chegou a ser interditada nos dois sentidos para que os trabalhos fossem realizados.

 

 

Segundo o secretário interino de Meio Ambiente, Gelson Leite, a árvore em questão era monitorada pela pasta devido a problemas antigos. "Alguém colocou fogo dentro da árvore, comprometendo ainda mais a sua estrutura. Nós estamos fazendo agora todo um protocolo e isolando o perímetro”, disse Leite. O secretário ressalta que a ação ocorrida no domingo foi criminosa.

 

 



 

A PBH disse, em nota, lamentar o episódio e ressaltou que as podas e supressões de árvores condenadas, ou que possam representar riscos de causar danos humanos ou materiais, são feitas a partir de laudos que indicam a necessidade da medida. A Polícia Civil informou, também em nota, que apura o caso.

 

 

 

 

 

 

Memória

Os ficus espalhados pelas avenidas da região central são parte emblemática da paisagem urbana da capital mineira. No entanto, a preservação da espécie na cidade enfrenta percalços, especialmente pelas pragas que acometem as árvores.

 

 

Recentemente, em junho, a PBH anunciou o corte de dois ficus localizados na Avenida Bernardo Monteiro, na Região Centro-Sul, por apresentarem risco de queda. A decisão foi tomada porque as árvores apresentaram problemas como tronco apodrecido com presença de fungos, além de lesão na base. Em 2013, alguns exemplares da avenida morreram após sofrerem infestações do inseto conhecido como “mosca-branca-de-fícus”.

 

 

 

 

A Avenida Afonso Pena, que era quase um corredor de ficus com árvores plantadas nas dois lados da via, teve cerca de 350 exemplares cortados sob a justificativa de que havia uma proliferação de Gynaikothrips ficorum, nome científico dado aos insetos tripes.

 

 

 

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