O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais informou que está, desde essa terça-feira (10/9), tentando conter o fogo em uma região nos arredores da Serra do Caraça. Segundo a corporação, o chamado foi iniciado por volta das 7 da manhã. Desde então, as chamas permanecem queimando a vegetação de Mata Atlântica nativa da região, que fica entre as cidades de Catas Altas e Santa Bárbara, na Região Central. A área queimada só poderá ser mensurada posteriormente, com auxílio de satélites. Ao todo, 18 pessoas estão envolvidas na ocorrência, além de 2 aeronaves.

 

 

A serra do Caraça fica a 120 km de Belo Horizonte, e costuma receber turistas que buscam conhecer as belezas do Santuário do Caraça.

 



Santuário do Caraça

O lobo guará encontra no Caraça uma área protegida e própria para sua sobrevivência

Beto Novaes/EM/D.A Pres

A Reserva Particular do Patrimônio Natural do Santuário do Caraça faz parte de uma importante área de preservação ecológica: a mata atlântica. O local conta com uma biodiversidade muito grande, com muitas espécies de fauna e flora.

 

 

Além da beleza e das cachoeiras, a Serra do Caraça também chama a atenção por outro motivo. O lobo guará, considerado o maior canídeo da América do Sul, encontra no local uma área protegida e própria para sua sobrevivência, reconhecida como Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN) desde 1994, e costuma fazer diversas aparições no local.

 

 

Queimadas 

A área queimada só poderá ser mensurada posteriormente, com auxílio de satélites

CBMMG/Divulgação

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de janeiro até 1º de setembro, Minas ocupava a 8ª posição entre os estados com mais registros, com 5.673 incêndios em vegetação detectados por satélite, representando a pior marca do estado para o período desde 2011.

 

Toda essa situação tem impactado a vida dos mineiros que, além de sofrer com o calor intenso e o tempo seco por conta das queimadas, também lidam com a baixa qualidade do ar e o céu “enfumaçado”.

 

 

Para além da rotina humana, a preocupação com a natureza permanece. Não se sabe a quantidade de hectares queimados, ou em números, o impacto desta situação na biodiversidade do local.


* Estagiária sob supervisão do subeditor Gabriel Felice

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