Uma fazenda localizada em Lima Duarte, na Zona da Mata mineira, foi alvo de uma operação que investiga uma facção criminosa envolvida no tráfico interestadual de drogas. A ação aconteceu nesta terça-feira (10/9).

 

 

A propriedade pertencia a Robson Martins dos Santos, também conhecido como Douglas Castro, que estaria foragido na região desde 2019, após ser condenado a 14 anos de prisão por tráfico e lavagem de dinheiro.

 

De acordo com o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), a fazenda era utilizada como um ponto estratégico para o armazenamento e transporte de drogas destinadas ao Complexo da Maré e outras comunidades do Rio de Janeiro. Robson, apontado como líder da organização, seria o responsável por fornecer drogas ao grupo criminoso Terceiro Comando Puro (TCC).

 

 

Operação Queda Livre

 



 

A operação, denominada Queda Livre, foi conduzida pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ), com o apoio da Polícia Federal. Durante a ação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão em diferentes locais: três no Rio de Janeiro, um em Itaboraí (RJ) e três em Lima Duarte (MG).

 

 

O MPRJ também informou que o grupo teria movimentado mais de R$ 9 milhões nos últimos anos através do tráfico de drogas. Além disso, os promotores investigam indícios de lavagem de dinheiro, utilizados para a compra da fazenda e de empresas de fachada, ligadas ao esquema.

 

Como parte da operação, foi determinado o bloqueio de R$ 7,4 milhões em contas bancárias de pessoas e empresas relacionadas ao esquema, além da suspensão da licença de um dos envolvidos para pilotar helicópteros.

 

Origem das Investigações

 

As investigações tiveram início em maio de 2021, quando um helicóptero carregando 164 kg de cocaína caiu em Paraguaçu Paulista, no interior de São Paulo. Esse incidente, que inspirou o nome Queda Livre para a operação, ajudou a desmantelar a rede de tráfico de drogas e desencadear a investigação que levou à identificação do entreposto em Lima Duarte.

 

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 A operação segue em andamento, e as autoridades buscam desarticular a estrutura financeira da organização criminosa, segundo o MPRJ.

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