A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) indiciou, nesta quinta-feira (12/9), a influenciadora digital Emmanuely Silva Resende, de 31 anos, por diversos crimes virtuais, incluindo ameaças, extorsão e injúria racial, cometidos contra empresários de Divinópolis, no Centro-Oeste de Minas.

 

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As investigações começaram em junho deste ano, após o registro de 14 ocorrências contra a influenciadora, que mora nos Estados Unidos. Desde o início das apurações, outras sete pessoas procuraram a delegacia de Divinópolis. Ela é natural do município do Centro-Oeste mineiro.

 

Conforme a polícia, as investigações revelaram que a influenciadora teria utilizado suas redes sociais, com mais de 70 mil seguidores, para cometer crimes contra a honra, praticar discriminação religiosa e fazer ameaças, causando sofrimento psicológico e prejuízos financeiros a várias vítimas.




 

A investigada chegou a exigir dinheiro de uma das vítimas, afirmando que cessaria as ofensas e a imputação de crimes caso recebesse o pagamento. A vítima, no entanto, recusou a exigência e as ofensas continuaram.

 

Emmanuely mantinha quatro perfis principais nas redes sociais, todos removidos a pedido da PCMG. No entanto, ela criou novas contas para continuar os ataques, segundo a Polícia Civil. Ao todo, foram identificadas mais de 30 vítimas, com 21 boletins de ocorrência registrados.


As denúncias

As polêmicas começaram no início de junho deste ano, quando a influenciadora usou as redes sociais para atacar o ex-vereador de Divinópolis, Mateus Costa. Ela o acusou de cobranças indevidas relacionadas a um apartamento que teria comprado dele. Além disso, fez várias acusações contra ele, que atualmente é construtor, como a de quebrar o celular dela enquanto estava no Brasil.

 

A partir de então, a influenciadora passou a publicar uma série de ataques a diversas pessoas de Divinópolis, principalmente outras influenciadoras e empresárias. Parte do conteúdo era compartilhada a partir de mensagens privadas enviadas por outros internautas. Em alguns casos, ela abria uma caixa de perguntas e os seguidores perguntavam sobre determinada pessoa, e ela comentava.

 

Até mesmo parentes se tornaram alvos da influenciadora digital, o que levou sua mãe – que mora em Divinópolis – a se manifestar publicamente para desmenti-la. A mãe lamentou a postura da filha, pediu desculpas pelo comportamento e chegou a dizer que entraria em contato com o consulado americano para tentar uma internação com fins de tratamento psicológico.

 

 

As investigações também indicaram, conforme a PCMG, que a suspeita possui um histórico de problemas psiquiátricos.


Prisão da influenciadora

A Polícia Civil também solicitou a prisão preventiva da suspeita e a quebra do sigilo telemático de suas contas, com o objetivo de identificar terceiros que possam ter repassado informações de cunho criminoso. As investigações continuam para responsabilizar todos os envolvidos.

 

Emmanuely foi indiciada por extorsão (uma vez), denunciação caluniosa (uma vez), discriminação religiosa qualificada pelo uso de redes sociais (seis vezes), injúria racial (uma vez), ameaça (oito vezes), calúnia qualificada pelo uso de redes sociais (13 vezes), difamação qualificada pelo uso de redes sociais (25 vezes) e injúria qualificada pelo uso de redes sociais (11 vezes).

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