A manhã deste sábado (14/9) na Lagoa da Pampulha foi de união de forças para cuidar do cartão postal de Belo Horizonte. O mutirão de limpeza na região é parte de ação de  conscientização ambiental, que começou às 9h, partindo do Clube de Pessoas da CEF (APCEF-MG), com a participação da comunidade local. Trata-se de  um esforço conjunto para enfrentar o desafio da poluição urbana, por iniciativa de empresas comprometidas com a natureza e instituições ligadas ao meio ambiente. 

 

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O projeto, iniciado em dezembro de 2022, inclui um calendário anual de ações de limpeza de rios, praias e lagoas em diversas cidades brasileiras. Cada município recebe três eventos de limpeza, mobilização e sensibilização. Neste sábado, cerca de 80 pessoas da comunidade e 25 da organização participaram da limpeza nos arredores da Igreja da Pampulha e na orla da lagoa.

 



 

Foram recolhidos papel, plástico, metal e vidro, e rejeitos. No total, foram 2.450 quilos de tampinhas de garrafa pet (destinados para o grupo Amor Pets para serem revertidos em castrações), 3.390 quilos de metal, 1.565 quilos de vidro, 2.340 quilos de papelão, 2.845 quilos de lacres de tampinha (também direcionados ao Amor Pets), 750 gramas de garrafa pet, 8.136 quilos de plástico e 11.450 quilos de rejeitos. Os resíduos recicláveis serão destinados para a cooperativa Cataunidos, criada com a finalidade de promover melhores condições de vida e trabalho para catadores, que poderão usar o material para ter um retorno em renda.

 

O casal Lucas Gomes Pinheiro, 36, técnico em mecânica, e Michelle Fernandes, analista, de 33 anos, levou a filha, Antonella, para participar da limpeza. A família também esteve na primeira oportunidade em que a iniciativa aconteceu em BH, no primeiro semestre. Moradores do Barreiro, os dois falam sobre a importância da pequena, de 3 anos, desde cedo, entender o que pode ou não jogar fora, e o que significa o ato de reciclar.

 

Entre os resíduos que recolheram ao redor da igrejinha, garrafas pet, guimbas de cigarro, canudinhos, tampinhas, caixas de suco, embalagens de xampu, entre outros tipos de lixo reciclável. Os dois ficaram sabendo da limpeza pelas redes sociais e logo se ofereceram como voluntários. "Achei muito legal. Estamos vendo o que está acontecendo no país. Muita gente vai poder reutilizar o que recolhemos. O que para muitos não é nada, para outros é muito", diz Lucas.

 

Neste sábado (14/9), participaram da limpeza, nos arredores da Igreja da Pampulha e a orla da lagoa, cerca de 80 pessoas da comunidade, e 25 da organização

Thais Mourão/Divulgação

 

A ação é uma realização da Coca-Cola FEMSA Brasil em parceria com Blue Keepers, Beagá Limpa, Instituto Limpa Brasil, Sprite e Pacto Global da ONU. É parte do projeto contínuo da The Coca-Cola Company por meio da marca Sprite. Nacionalmente, a coordenação estratégica das ações é realizada pelo Blue Keepers, um programa nacional da Plataforma de Ação pela Água e Oceano do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) Rede Brasil, do qual a empresa é participante desde 2018.

 

Em Belo Horizonte, a limpeza na lagoa da Pampulha é coordenada pelo movimento social Beagá Limpa e pelo Instituto Limpa Brasil, com a colaboração de outras instituições locais, como Florzinha Sustentabilidade, Óleo Verde, Movimento Nacional dos Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Cataunidos, Rotary Club de Belo Horizonte Liberdade, Ah é lixo!?, Pomar BH, Grupo Amor Pet's, Parque Guanabara, Buffet Meyer e o grupo Escoteiros Paulo Freire.

 

Carolina Quelotti é idealizadora do Beagá Limpa, coletivo nascido há seis anos que atua para a conscientização dos moradores da capital sobre o meio ambiente e a causa animal. Ela lembra o difícil momento atual do ponto de vista ambiental, principalmente com a crise climática. "Sabemos que um dos maiores vilões é o lixo depositado em lugar incorreto. A ação de hoje visa conscientizar as pessoas para que continuem esse trabalho da reciclagem, de separação e destinação correta desses materiais, que isso vire rotina. E dentro de casa. A educação ambiental começa dentro de casa", diz.

 

 

Em âmbito nacional, o  projeto nasceu quando a The Coca-Cola Company resolveu mudar a embalagem de Sprite, substituindo o PET verde por uma versão transparente, a fim de facilitar a reciclagem do material. “Desde 2018, assumimos globalmente o compromissos de tornar 100% das nossas embalagens recicláveis, feitas com pelo menos 50% de conteúdo reciclado, além de contribuir para a coleta e reciclagem de 100% das embalagens que colocamos no mercado até 2030”,  afirma o diretor de Sustentabilidade da Coca-Cola Brasil e Cone Sul, Rodrigo Brito.

 

O executivo lembra que, desde a década de1990, a empresa promove programas de grande escala para a coleta, reciclagem e circularidade das embalagens de seus produtos, incluindo a ampliação da linha de retornáveis até iniciativas como Reciclar pelo Brasil, Recicla Solar e sustentaPET.

 

O projeto, iniciado em dezembro de 2022, inclui um calendário anual de ações de limpeza de rios, praias e lagoas em diversas cidades brasileiras

Thais Mourão/Divulgação

 

Rodrigo Brito reforça que trabalhos como esse ajudam no fomento e apoio à reciclagem e, envolvendo diretamente mais de 460 organizações e cooperativas em 160 cidades brasileiras, no caso da empresa, contribuem para a coleta e reciclagem de milhares de toneladas de embalagens pós consumo anualmente.

 

"Nesse sentido, a iniciativa com Sprite, Blue Keepers e o Pacto Global na prevenção e combate à poluição em rios e oceano se conecta a esses programas e iniciativas à medida que também sensibiliza e engaja cidadãos e consumidores a destinar corretamente as embalagens utilizadas, contribuindo para sua circularidade”, complementa.

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